Flor Brilhante
de Hildegard von Bingen
Sobre o livro
Surpreenderá que esta mulher repartida por uma actividade intensa e, quase sempre, genial, que esta menina dos barões de Bermershein que ingressou aos oito anos num convento para "ressuscitar com Cristo na glória da imortalidade" e, depois, foi tudo, abadessa, escritora, música, visionária, pintora, que esta mulher espiritual que influenciava coroados e pontífices e se tornou, mesmo com os votos de clausura, viajante numa cristandade assombrada por tensões, nos idos do décimo segundo século, era afinal alguém de saúde frágil, de fisionomia insegura, atormentada por uma excessiva sensibilidade às condições climatéricas e aos fenómenos naturais. Diz-se que isso terá despertado em Hildegard [1098-1179] capacidades extraordinárias de percepção das forças biológicas e psíquicas e das suas subterrâneas correlações. O certo é a natureza lhe ter revelado as suas virtudes curativas e o Espírito os seus mistérios sobrenaturais.
[…] Neste pequeno "corpus" eucológico, que agora se dá à estampa sob o título "Flor Brilhante", encontram-se textos que pertencem à eucologia "menor" - antífonas e responsórios -, e àquela designada "maior" - hinos e sequências.
[…] A presente tradução foi realizada a partir do texto latino, conforme à edição crítica de Symphonia editada por Barbara Newman (New York: Cornell University Press, 1998). (J.F.C. e J.T.M.)
Este volume inclui sete reproduções a cores de iluminuras de Hildegard von Bingen.