Estrela Distante
de Roberto Bolaño
Sobre o livro
O narrador viu pela primeira vez aquele homem, em 1971 ou 1972, quando Allende era ainda presidente do Chile. Então fazia-se chamar Ruiz-Tagle. Num percurso pelas muitas bifurcações dos caminhos da história das mitologias e das literaturas da nossa época, é-nos contada a fábula nada exemplar de um impostor (mas não somos todos impostores nalgum momento das nossas vidas?), de um homem de muitos nomes, sem outra moral a não ser a estética (mas não é esta a aspiração de qualquer artista?), dandy do horror, assassino e fotógrafo do medo, artista bárbaro que leva a as suas criações até às últimas e letais consequências.
Apesar de terrível, tudo é credível nesta obra. É a falta de detalhes e de informação essencial que dá ao livro essa aura de verosimilhança, fantástica e preocupante ao mesmo tempo."
Filipe d’ Avillez, Julho de 2006