Diário Flagrante
de Fernando Alves dos Santos
Grátis
Sobre o livro
A história do Surrealismo em Portugal é ainda um território aberto à descoberta e às surpresas, um território parcialmente inexplorado onde podemos encontrar, junto a alguns protagonistas já universalmente conhecidos outros que estão pedindo ainda uma urgente reavaliação ou recuperação e alguns quase que uma verdadeira ressurreição, em parte por terem ficado à sombra dos «vultos maiores» mas também por se terem afastado do mundo literário ou artístico (ou pelo menos da face mais pública e espectacular desse mundo), como foi o caso de um Risques Pereira ou o do poeta que aqui e agora celebramos publicando a sua obra poética: Fernando Alves dos Santos (Lisboa, 1928 - Albufeira, 1992), de quem pouca coisa ficou a saber-se nas histórias excepto a sua dedicação preferente à actividade teatral e a sua participação nalguns dos episódios da aventura surrealista nos seus primeiros momentos de afirmação e intervenção polémica e nalguma das exposições que posteriormente tentariam recuperar momentos ou aspectos particulares daquela intervenção, mais com um propósito de renovada provocação do que com os objectivos e os métodos do historiador e do arqueólogo.
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Fernando Alves dos Santos deixou-nos uma obra poética de que foram publicados dois livros
(«Diário Flagrante», Lisboa, 1954, e «Textos Poéticos», Lisboa, 1957) e alguns poemas dispersos por antologias, catálogos e revistas, ficando inéditos vários outros poemas e um livro — «De Palavra a Palavra» — que estava pronto para a sua publicação em 1985.
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Reunimos neste volume, sob o título geral de «Diário Flagrante» que o autor deu ao seu primeiro livro, a obra poética — publicada e inédita — de Fernando Alves dos Santos.
(Perfecto E. Cuadrado)