As Veias Abertas da América Latina
de Eduardo Galeano; Tradução: Helena Pitta
Sobre o livro
Banido por ditaduras sul-americanas, As Veias Abertas (1971) é o relato implacável de cinco séculos de pilhagem de um promissor continente pela Europa e pelos EUA, e uma obra essencial sobre a exploração do homem pelo homem.
Esta contra-história notável de um continente exangue, fundindo crónica e relato, dados económicos e sociais, devolve-nos o olhar dos vencidos e traça as injustiças e o saque constante operado pelo estrangeiro, desde a chegada dos primeiros conquistadores até à ocupação pelas multinacionais norte-americanas.
Inspirou e continuará a inspirar gerações de activistas em todo o mundo.
Júlio Henriques
Naomi Klein
Diogo Vaz Pinto, jornal SOL
“O subdesenvolvimento não é uma etapa para o desenvolvimento. É uma consequência.” Galeano, neste livro que tem tanto de revoltante como mágico, ilumina as sombras da história da humanidade, desmascara a máquina de crescimento infinito, que é o capitalismo, e que tem como combustível continentes e comunidades inteiras, e revela a opressão de um povo cujo maior azar é a riqueza da terra que pisam. Um livro, sem fronteiras temporais ou geográficas, obrigatório para perceber as dinâmicas imperialistas internacionais. Um livro que é, em partes iguais, um memorial ao sofrimento humano e uma arma de resistência contra a alienação. Leiam-no o mais rápido possível - ou ao longo de um ano como eu fiz. O mundo de ontem é o mundo de hoje, e tenho razões para crer que também será o de amanhã, pelo que luta é a de sempre: a luta de classes. O único senão deste livro é que me deixou com o hábito de atirar pedras da calçada aos transeuntes da minha rua que manifestem qualquer simpatia por liberalismos, anarcocapitalismos e neofascismos.