As Minas de Salomão
Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós
de Eça de Queiroz
Sobre o livro
A presente edição crítica d' As Minas de Salomão, por Alan Freeland, retoma várias das questões que ao longo dos anos têm interessado os estudiosos (em número relativamente escasso, diga-se de passagem) desta tradução e do papel que nela terá tido Eça de Queirós.
Seja qual for esse papel, parece inegável que o texto português, apresentado na edição em livro de 1891 como revisto por Eça, constitui uma espécie de versão livre do original inglês, versão de onde não está evidentemente ausente o inconfundível timbre estilístico queirosiano.
A circunstanciada introdução que Alan Freeland preparou para esta edição trata desta e de muitas outras questões, não deixando de colocar as Minas «em contexto». É este um procedimento absolutamente indispensável, para entendermos as motivações de Eça, enquanto editor e sobretudo tradutor-revisor deste romance um tanto sofrível, se comparado com as magistrais criações saídas da sua pena.
E a edição em simultâneo dos dois textos - o original inglês e a versão portuguesa - constitui uma adequada opcção editorial para que se possa fazer uma ideia clara das diferenças entre ambos.
Também por isso, esta edição crítica passa a constituir um elemento de trabalho fundamental para melhor compreendermos um âmbito do trabalho literário queirosiano que merece ser valorizado.