As Mães
de Brit Bennett; Tradução: Eugénia Antunes
Grátis
Sobre o livro
O romance de estreia de Brit Bennett, autora do fenomenal a outra metade e herdeira da tradição literária norte-americana firmada por James Baldwin, Toni Morrison e Chimamanda Ngozi Adichie.
Sobre o pano de fundo de uma comunidade afro-americana marcada pela religião, no Sul da Califórnia, As Mães conta uma história comovente e perspicaz sobre amor e ambição. Tudo começa com um segredo: «Todos os bons segredos têm um determinado sabor antes de os contarmos, e, se tivéssemos demorado mais algum tempo a degustá-lo, teríamos porventura reparado na acidez típica de um segredo ainda por amadurar, colhido cedo demais, rapinado e propagado antes do tempo certo.»
Nadia Turner está no fim do liceu e é uma adolescente rebelde, angustiada, muito bonita. Imersa no luto após o suicídio da mãe, envolve-se com Luke, um rapaz um pouco mais velho, filho do pastor da comunidade. São miúdos, não é nada sério. Mas desse romance resultará um segredo com um impacto duradouro. Pouco depois, Nadia abandona a terra natal, para forjar uma vida só sua.
Os anos passam. Já adultos, Nadia, Luke e Aubrey, a melhor amiga, ainda vivem no rescaldo da escolha que fizeram naquele Verão à beira-mar, enredados num estranho triângulo amoroso e perseguidos pela dúvida: como seria agora, se tivessem, então, feito uma escolha diferente?
Numa prosa encantatória e desafiante, As Mães revela que as escolhas que seguimos deixam marca até ao fim.
The New York Times Book Review
«Há romances que encontram o seu lugar enquanto os lemos e há romances que se tornam mais complexos quando pensamos neles retrospetivamente. Brit Bennett alcança aqui uma rara combinação, com um livro que vibra ao virar da página e que incita reflexão posterior.»
The Washington Post
«Exuberante, cheio de segredos, traições e acertos de contas […]. A crescente complexidade das personagens determina a urgência deste romance.»
The New York Times
«As personagens deste livro transmitem uma mensagem fortíssima sobre culpa e vergonha, sobre as expectativas em torno do corpo das mulheres, sobre o que acontece quando as mulheres negras não se comportam como deveriam. […] Um romance maravilhosamente escrito e que permanece connosco - uma estreia impressionante para uma tão jovem escritora.»
The Guardian
«Brit Bennett é extremamente sagaz no que diz respeito à psicologia do comportamento humano. […] O tema da maternidade, declinado de várias formas neste romance, sejam 'mães de coração' ou 'mães de ventre', revela a preocupação da autora com a capacidade das mulheres para amarem e cuidarem.»
The Irish Times
«Um livro iniciático, subtil e inteligente, que aborda, de um só fôlego, o racismo, a amizade, as angústias com a imagem corporal, as dores da idade adulta. E o aborto.»
Les Inrockuptibles
«Este é um romance especial: sábio, triste e impressionante. Um livro sobre a forma como a adorável e esperançosa tragédia da nossa vida é determinada pelas escolhas que fazemos e pelas escolhas que outros fazem por nós.»
Bookriot
«Um romance de estreia brilhante e tumultuoso […], com um enredo delicadamente urdido.»
Publishers Weekly
“As mães” de Brit Bennett é um romance contemporâneo, que retrata a comunidade afro-americana no sul da Califórnia. Nádia Turner é uma jovem rebelde, que perdeu a mãe e o pai não cuida dela. No verão, ela vai acabar por se envolver com Luke, o filho do pastor. Nesse verão, um terrível segredo vai abater-se sobre ela e as consequências vão ser terríveis. Nádia decide ir embora da cidade e vai estudar para a faculdade. Anos depois regressa, mas não consegue esquecer-se. Será que vai conseguir ultrapassar? PONTOS FORTES: - escrita bonita e cuidada - leitura viciante - trama bem elaborada - drama familiar - segredos - traições - abandono PONTOS FRACOS: - nada a registar Foi uma leitura conjunta. Gostei bastante desta leitura. Um romance duro, que nos mostra uma realidade diferente, que assenta no pressuposto de que as escolhas que fazemos podem alterar-nos para o resto da vida. Cotação: 4 estrelas
As mães (The Mothers), da Britt Bennett é outro dos livros que li neste mês de junho. Trata-se do primeiro romance desta autora norte-americana e o segundo a ser publicado em Portugal. Dela, já tinha lido The other half (A outra metade), um livro que muito me agradou, sobretudo pela surpresa da descoberta. Nadia, 17 anos, perde a mãe e realiza um aborto em total segredo e esta atitude irá mudar a sua vida, levando-a a abandonar a comunidade negra e assaz religiosa onde cresceu. Para trás ficam todos eles, o seu namorado Luke, o pai e uma grande amiga. É esta a premissa inicial de um romance que prima pela ausência das mães, que o não quiseram ser, porque abortaram; que o não quiseram ser, porque se suicidaram; que o não souberam ser. As mães são mães ausentes, exceção feita às mães que frequentam a igreja e que parecem ser omnipresentes e conhecedoras de todos os segredos de três jovens cujas vidas se entrecruzam de diferentes formas, em múltiplos momentos das suas vidas. Uma vida em comum carregada de segredos. Se ainda não leram a autora, procurem-na. Está ao nível de Chimamanda Ngozi Adichie. Foi uma descoberta e espero, em breve, ver outros livros dela traduzidos em Portugal. @olugardoslivrosdela