Daniel Foe — o apelido só seria alterado pelo autor em 1695 para Defoe — (1660-1731),
é considerado por muitos o primeiro romancista de língua inglesa. Foi comerciante, economista,
jornalista e espião antes de escrever o seu primeiro romance, As Aventuras de Robinson Crusoe,
aos sessenta anos.
Tendo testemunhado na infância a Peste e o Grande Incêndio de Londres, acabou por se
transformar num apaixonado por viagens depois de conhecer profundamente países como a
França, Espanha e os Países Baixos. Com uma vida extremamente aventurosa, esteve encarcerado
por dívidas e lutou durante um breve período de tempo na rebelião do duque de Monmouth.
Poucos anos depois começou a escrever panfletos político-satíricos que, de novo, o iriam
conduzir à prisão. Por intervenção de um ministro Tory, acabaria por ser libertado e durante onze
anos viria a ser agente secreto e jornalista político dos Tories. Deliciou-se durante toda a vida na
representação de diversos papéis e disfarces, utilizando-os com grande efeito como espião, e
escreveu mais de quinhentos livros, panfletos e artigos jornalísticos abrangendo tópicos como a
política, crime, religião, geografia, matrimónio, psicologia e sobrenatural. Morreu na cidade de
Londres em 1731, segundo se diz de «uma letargia».(...)