Alá Não É Obrigado

de Ahmadou Kourouma 

Bertrand.pt - Alá Não É Obrigado
Editor: Edições Asa
Edição: abril de 2004
3,50€
Esgotado ou não disponível

Prémio Renaudot.
Prémio Goncourt des lycéens.

"Alá Não é Obrigado" é uma obra tão peculiar quanto o seu protagonista e narrador, Birahima, uma criança-soldado que assiste à morte da mãe e que, para sobreviver, sai da sua aldeia em busca da tia, a única pessoa que pode cuidar dele. Da Costa do Marfim à Serra Leoa, passando pela Libéria, este órfão de "dez ou doze anos" irá passar por diversos exércitos de guerrilheiros, cujos líderes constituem uma riquíssima paleta de personagens, inesquecíveis pelas piores razões: há loucos e sádicos, psicopatas e figuras ridículas. A traição, a morte, a tortura e a mutilação são lugares-comuns por aquelas paragens. O próprio Birahima não é inocente nem culpado: é apenas uma criança que já viu demasiada violência e morte e de quem, à partida, se poderá pensar já não possuir qualquer noção do bem e do mal. Mas Birahima ainda consegue fazer essa distinção; só que as suas principais preocupações prendem-se com coisas tão fundamentais como sobreviver, alimentar-se, encontrar um sítio para viver e, acima de tudo, evitar ser assassinado.
"Alá Não é Obrigado" é um livro duro, poderoso, intenso, escrito por um autor que muito nos disse sobre a África contemporânea: as estranhas alianças entre chefes de Estado respeitáveis e criminosos de renome, a corrupção generalizada, a culpa, as boas intenções e as dificuldades das Nações Unidas e os desvios sofridos pelos mantimentos enviados pelas organizações não-governamentais. Em suma, uma realidade terrível que o autor nos descreve pela voz inesquecível de uma criança.

Críticas de imprensa
"Depois de alemães e britânicos, os portugueses também foram agora brindados com uma tradução desta fábula feroz em que uma narrativa na primeira pessoa, por um menino-soldado, nos dá o horror e o fascínio das crianças pelo mundo cão em que lhes é dado viver (...) A linguagem bizarra e cruel deste escritor, falecido aos 76 anos, no fim de 2003, é verdadeiramente cativante e ajuda a compreender o que é ser um pequeno africano, no Senegal, na Guiné-Bissau e noutras "repúblicas lixadas" (...) Trata-se de um grande clássico da literatura africana destes últimos anos e de uma peregrinação aos extremos do horror, para melhor se compreender tudo o que de 1989 para cá tem vindo a acontecer ma Libéria ou na Serra Leoa (...) Misturando factos e ficção, o grande mestre que foi Ahmadou Kouroma traz aos nossos olhos a "vida de merda" dos 300 mil soldados ainda crianças que existem hoje em dia por todo o mundo, em plena violação das regras traçadas pelos diversos deuses, sejam eles muçulmanos, animistas ou cristãos."
Jorge Heitor, In Mil Folhas (Público), 06 de Novembro de 2004

"Um livro intenso, cruel, duro, assustadoramente real, e que nos embrenha na miséria e vergonha que é a realidade de muitas crianças africanas em pleno século XXI."
Magazine Artes, Novembro de 2004

"Uma viagem alucinante ao coração do horror. Uma fábula política, a um tempo divertida e feroz, destinada a figurar entre os grandes clássicos da literatura africana."
Le Nouvel Observateur

"Uma obra magnífica cujas páginas, impetuosas e dilacerantes, fervilham de vida."
Le Fígaro

"O uso originalíssimo da linguagem e a acuidade do olhar colocam de imediato esta obra entre os clássicos da literatura africana."
La Vie

"Um dos mais belos romances da temporada."
La Tribune

Alá Não É Obrigado
ISBN:
9789724133140
Ano de edição:
04-2004
Editor:
Edições Asa
Idioma:
Português
Dimensões:
153 x 233 x 21 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
176
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
X
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