A Febre das Almas Sensíveis
de Isabel Rio Novo
Grátis
Sobre o livro
Portugal, primeira metade do século XX. Entre os males que assolam um país isolado e retrógrado, a tuberculose ressalta como uma das principais causas de morte. Ainda sem recursos farmacológicos para combater a doença, os médicos recomendam aos infetados o internamento em sanatórios instalados em zonas de altitude. Na serra do Caramulo, outrora uma região pobre e agreste, cresce uma estância sofisticada que, no auge do seu funcionamento, chega a acolher milhares de doentes.
Entre o edifício do Grande Sanatório do passado - onde o drama do jovem Armando se cruza com o dos outros pacientes -, os escombros do presente, visitados por uma rapariga que coleciona histórias de escritores tuberculosos, e as páginas escritas pelo misterioso «R. N.», movem-se almas de todos os tempos: Eduardo, Natália, Carolina e Ernest, mas também Soares de Passos, Júlio Dinis, António Nobre e tantos outros atingidos pela febre das almas sensíveis.
Combinando o registo histórico e a toada fantástica que produziram a magia de Rio do Esquecimento, neste novo romance, finalista do Prémio LeYa, Isabel Rio Novo recupera a memória de uma doença esquecida, que marcou a sociedade de uma época e o nosso imaginário romântico.
A tuberculose chegou a Portugal, um país retrógrada onde o progresso científico tarda em chegar. Vitimiza milhares de pessoas, entre elas alguns ilustres conhecidos como António Nobre, Júlio Dinis ou Teixeira de Pascoaes. A história da família retratada é só mais uma entre as inúmeras. Uma família com as suas particularidades, boas ou más. Este belíssimo livro é "uma elegia pelos muitos escritores e anónimos que, no início do século XX, morreram de tuberculose". Lê-se de um único fôlego e com um aperto no peito!
Um livro imperdível que sendo difícil descrever em meras palavras, faz-nos sentir o pulsar da vida em todo o seu esplendor.