…Em Berlim, um muro..
de Fernando Silvestre
Grátis
Sobre o livro
O Muro de Berlim foi durante décadas, a nível mundial, o expoente mais visível da luta ideológica travada entre o socialismo e o capitalismo. Na Alemanha foi igualmente tema de romances e de filmes. Após a sua queda não tiveram conta as obras que reflectiram o papel que ele desempenhou como elemento de estabilidade e instabilidade da sociedade alemão. E Portugal será a primeira obra e, eventualmente até hoje, a única que se debruça sobre esse tema. Como é óbvio reflecte a visão do mundo do autor alicerçada nas suas vivências nos então dois países de língua alemã: RDA e RFA. Uma visão controversa, sem duvida, mas que pretende contribuir para fornecer outro ângulo de visão para um assunto que parece revestir-se de um unanismo demasiado acrítico. Oxalá o consiga. Hans Meissner é membro da Juventude Hitleriana, A sua missão é defender Berlim do assalto do Exército Vermelho. Após a queda de Berlim é nessa cidade que irá viver e trabalhar. Só que a cidade será um dia dividida e ele terá de optar. A sua opção leva-o a, mais tarde defender a sua Berlim dos ataques - na sua perspectiva - do Imperialismo. Entre os "dois" Hans está todo um percurso político marcado por dois misteriosos manuscritos medievais. Percurso certo ou errado? A História encarrega-se de derrubar o muro e com as pedras que se desprendem da argamassa que as sustentava, desmorona-se um mundo. Hans vê-se num novo país, ele que quisera construir um país novo. Porém dos fundamentos do muro derrubado surge uma intemporal mensagem interveniente. Uma vez mais Hans é testemunha da mudança. Mas uma testemunha interveniente Tudo muda. Menos Hans "que" lutarão sempre para que a esperança que os manuscritos intemporais da justiça social transportam, tenha um dia efectiva concretização.