A Vidente
de Lars Kepler
Sobre o livro
«Por todo o mundo, sempre que a Polícia se depara com casos particularmente difíceis, recorre a médiuns e espíritas. No entanto, em nenhum documento figura a colaboração de um médium para a resolução de um crime.»
Flora Hansen diz-se espírita e garante ser capaz de falar com os mortos. Certo dia, ouve na rádio uma notícia sobre o caso de uma jovem assassinada num centro de acolhimento de menores e, na tentativa de ganhar um dinheiro extra, decide telefonar para a Polícia dizendo que o espírito da morta entrou em contacto com ela. No entanto, os resultados da investigação técnica atribuem a autoria do crime a outra das internas, uma jovem sensivelmente da mesma idade, que desde então está a monte.
O comissário da Polícia Joona Linna resiste à versão oficial e inicia uma investigação por sua própria conta. Mas cada nova resposta parece apenas conduzir a um novo enigma e a mais um beco sem saída.
E ninguém se dispõe a ouvir a vidente, embora ela fale com os mortos.
Comentários
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Muito bom!
Um policial arrebentador que dá continuidade há seriei do comissario Joanna Lima.
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Muitas falhas
Fiel à regra do romance policial manter o leitor na tensão constante de querer saber o que irá acontecer a seguir – um crime, pistas para a resolução, revelações inesperadas, reviravoltas e, por fim, o desfecho - A Vidente consegue agarrar o leitor desde a primeira página. Para que o ritmo não se perca, as frases e os diálogos são curtos. Apenas na descrição dos ambientes – cores, sons, cheiros, texturas – o texto ultrapassa as duas linhas sem um ponto final. O romance cumpre com brio a sua missão – e não seria justo diminuir-lhe a qualidade por a trama repetir fórmulas do thriller psicológico usadas, sobretudo, no cinema. Dito isto, o romance tem falhas que o comprometem. Ei-las: a rapariga que foge do centro de acolhimento vai refugiar-se na casa de um homem que – sabe-se depois – a tinha vendido quando era criança. Era difícil ter feito pior escolha, sobretudo para uma rapariga que não confiava em ninguém. Depois, a mesma rapariga – que havia raptado uma criança durante uma semana e sido presa – é subitamente libertada por a criança dizer que ela é boazinha e porque tentou fazer um telefonema para a devolver à mãe. Tal bastou, para o juiz mudar de opinião. Em várias situações de violência, alguém, deitado no chão, consegue dar um pontapé no rosto do atacante. Ora, a menos que essa pessoa tivesse mais de dois metros de altura, tal seria impossível. Por fim, é dito a certa altura que o serial killer estava apaixonado pela rapariga que matou, assim como esteve apaixonado pelas anteriores vítimas. Um psicopata apaixonada é pouco credível. Obcecado seria mais indicado. Sem mais, aparece ainda uma agente da polícia que é a mulher mais bonita do mundo, a melhor interrogadora da Suécia e que faz a Procurada responsável pelo caso parecer uma idiota. Um personagem desnecessário e ridículo. Por estas razões, A Vidente não merece mais do que três estrelas.
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Meu top de preferências negras!
Este é um autor que sigo de forma religiosa! A Vidente deixou-me logo presa desde o 1º ao último parágrafo... um autentico filme de terror.
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É maravilhoso!! Se soubesse não o tinha deixado tanto tempo à espera na estante.
Um dos melhores livros da dupla Kepler. A história está muito bem construída, a narrativa é rápida e deixa-nos em suspense até ao final. Um thriller psicológico muito bem escrito com detalhes impressionantes. A criatividade e as personagens são inesperados e têm um peso acrescido no nosso psicológico.