Victor Serge
Biografia
Victor Serge (1890-1947) foi um escritor e ativista político russo que viveu boa parte da sua vida no exílio ou na prisão.
A vida de Victor Serge é um retrato da história política da Rússia. Nascido na Bélgica filho de pais russos pobres e anti-czaristas, Serge vê os pais separarem-se quando tinha 15 anos. A partir daí teve de se sustentar usando as muitas leituras da sua infância e o conhecimento de várias línguas que lhe abriram a porta do jornalismo na Bélgica e em França e da política. Fervoroso e radical anarquista, publicou dezenas de artigos, traduziu autores russos e tornou-se editor da mais importante revista anarquista francesa.
Devido a uma queixa infundada foi preso com a sua namorada e vários amigos por suposto envolvimento com um grupo anarquista. Serge foi libertado mas vários dos seus amigos foram executados ou passaram longos períodos na prisão.
Viajou por quase toda uma Europa em convulsão e pisou pela primeira vez solo russo em 1919, envolvendo-se de imediato com os bolcheviques e abandonando aos poucos as tendências anarquistas. Trabalhando para o Comintern Serge foi, com Trotsky e outros, o mais crítico da crescente influência do estado e de Joseph Stalin. Estas posições valeram-lhe vários períodos de prisão, a apreensão e destruição de várias obras, a proibição de trabalhar e, por fim a expulsão do país.
Perseguido em vários países, fazendo parte da lista de alvos a abater da GPU, Serge segue um percurso semelhante ao de Trostky mas é cada vez mais isolado por agentes duplos soviéticos que levantam falsos testemunhos que levam outros exilados russos a suspeitarem dele.
Morre no México em 1947 depois de vários problemas de saúde supostamente decorrentes dos vários anos na prisão em condições sub-humanas embora corram rumores de que teria sido envenenado.
Serge escreveu romances e contos, um livro de poemas (recuperados de memória após agentes de Stalin terem destruído o manuscrito original), e variadíssimos ensaios e obras de não-ficção sobre temas políticos e sociais.
A obra de Victor Serge foi redescoberta no começo dos anos 2000, altura em que começou a ser editada em vários países. O reconhecimento da qualidade da sua obra para lá do contexto político tem marcado a sua inclusão nos cânones literários.
A vida de Victor Serge é um retrato da história política da Rússia. Nascido na Bélgica filho de pais russos pobres e anti-czaristas, Serge vê os pais separarem-se quando tinha 15 anos. A partir daí teve de se sustentar usando as muitas leituras da sua infância e o conhecimento de várias línguas que lhe abriram a porta do jornalismo na Bélgica e em França e da política. Fervoroso e radical anarquista, publicou dezenas de artigos, traduziu autores russos e tornou-se editor da mais importante revista anarquista francesa.
Devido a uma queixa infundada foi preso com a sua namorada e vários amigos por suposto envolvimento com um grupo anarquista. Serge foi libertado mas vários dos seus amigos foram executados ou passaram longos períodos na prisão.
Viajou por quase toda uma Europa em convulsão e pisou pela primeira vez solo russo em 1919, envolvendo-se de imediato com os bolcheviques e abandonando aos poucos as tendências anarquistas. Trabalhando para o Comintern Serge foi, com Trotsky e outros, o mais crítico da crescente influência do estado e de Joseph Stalin. Estas posições valeram-lhe vários períodos de prisão, a apreensão e destruição de várias obras, a proibição de trabalhar e, por fim a expulsão do país.
Perseguido em vários países, fazendo parte da lista de alvos a abater da GPU, Serge segue um percurso semelhante ao de Trostky mas é cada vez mais isolado por agentes duplos soviéticos que levantam falsos testemunhos que levam outros exilados russos a suspeitarem dele.
Morre no México em 1947 depois de vários problemas de saúde supostamente decorrentes dos vários anos na prisão em condições sub-humanas embora corram rumores de que teria sido envenenado.
Serge escreveu romances e contos, um livro de poemas (recuperados de memória após agentes de Stalin terem destruído o manuscrito original), e variadíssimos ensaios e obras de não-ficção sobre temas políticos e sociais.
A obra de Victor Serge foi redescoberta no começo dos anos 2000, altura em que começou a ser editada em vários países. O reconhecimento da qualidade da sua obra para lá do contexto político tem marcado a sua inclusão nos cânones literários.
partilhar
Em destaque VER +
O Ano I da Revolução
Para muitos, o retrato mais fiel e realista da revolução soviética vista do seu interior.
Victor Serge é, por excelência, o escritor que esteve mais perto da fome revolucionária do começo do século XX. Na sua juventude colaborou com o movimento anarquista em França, partiu depois para a Rússia, terra natal dos seus pais onde esteve no centro da acção convivendo com os principais actores da revolução.
Acabou preso por discordar de muito do que foi feito e querer uma revolução mais profunda. Fugiu da Rússia depois de ver muitos dos seus trabalhos queimados. Passou por Espanha a tempo de participar na Revolução e acabou, como o seu colega revolucionário Leon Trotsky, no México, onde se diz ter morrido envenenado por agentes russos.
Esta grande reportagem é um diário do primeiro ano da revolução relatado por alguém que estava literalmente dentro da máquina revolucionária e que viveu todos os principais acontecimentos. O realismo da narração era necessário a Serge, que queria demonstrar aos seus antigos colegas anarquistas quais os erros do anarquismo russo e quais as virtudes da revolução. Foi a obrigação de partilhar esse olhar honesto e atento que o levou a aperceber-se do caminho que a revolução estava a tomar.
Esta obra conta com fotografias da época, identificando os principais protagonistas de cada momento e vários episódios marcantes dos primeiros tempos do regime soviético.
Victor Serge é, por excelência, o escritor que esteve mais perto da fome revolucionária do começo do século XX. Na sua juventude colaborou com o movimento anarquista em França, partiu depois para a Rússia, terra natal dos seus pais onde esteve no centro da acção convivendo com os principais actores da revolução.
Acabou preso por discordar de muito do que foi feito e querer uma revolução mais profunda. Fugiu da Rússia depois de ver muitos dos seus trabalhos queimados. Passou por Espanha a tempo de participar na Revolução e acabou, como o seu colega revolucionário Leon Trotsky, no México, onde se diz ter morrido envenenado por agentes russos.
Esta grande reportagem é um diário do primeiro ano da revolução relatado por alguém que estava literalmente dentro da máquina revolucionária e que viveu todos os principais acontecimentos. O realismo da narração era necessário a Serge, que queria demonstrar aos seus antigos colegas anarquistas quais os erros do anarquismo russo e quais as virtudes da revolução. Foi a obrigação de partilhar esse olhar honesto e atento que o levou a aperceber-se do caminho que a revolução estava a tomar.
Esta obra conta com fotografias da época, identificando os principais protagonistas de cada momento e vários episódios marcantes dos primeiros tempos do regime soviético.