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579 Dias de Revolução
Do acervo das ferramentas utilizadas para construir o edifício da obra, realça-se o relato da participação pessoal nos acontecimentos relevantes desses quase dois anos; o desfiar a par e passo de mil e um encontros de trabalho: na actividade clandestina da Armada, entre as classes militares dos três ramos, na Comissão Nacional de Sargentos, nas assembleias magnas da Armada e do MFA, com o Conselho da Revolução e como membro efectivo do Secretariado do MFA da Armada.
Traça-se um itinerário da Revolução de Abril com princípio, meio e fim, nunca esquecendo o movimento social, cultural e humano envolventes, rejeitando em cada página a chancela absolutista do partidarismo militar.
Por outras palavras, "579 Dias de Revolução" insere-se na ideia central de partir dos pequenos factos e das reacções mais simples, tomadas a quente ou a frio, para chegar o mais perto possível à compreensão do processo libertário de Abril. Na verdade, uma revolução efémera, mas notável, que levou Portugal às primeiras páginas do respeito universal e abriu ao cidadão comum, militar ou não, as portas do sonho e da esperança que 48 anos de fascismo tinham fechado.