Tiago Saraiva
Biografia
Tiago Saraiva é professor no departamento de história da Drexel University em Filadélfia. Licenciado pelo Instituto Superior Técnico e doutorado pela Universidade Autónoma de Madrid, foi investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa de 2005 a 2012 e professor visitante na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e Berkeley. É coeditor da revista History and Technology e coorganizador da Cambridge History of Technology.
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Porcos Fascistas
Este livro demonstra como a ciência, a genética, o melhoramento de animais e plantas foram fundamentais para a formação e expansão imperial dos regimes fascistas em Itália, Portugal e Alemanha.
As primeiras mobilizações de massas de Mussolini, Salazar e Hitler fizeram-se com novas variedades de trigo adaptadas ao uso de fertilizantes químicos, batatas resistentes ao míldio e porcos alimentados com produtos nacionais. Tiago Saraiva revela os processos de formação de grandes burocracias estatais em volta dos novos organismos tecnocientíficos que prometeram alimentar a nação orgânica imaginada por todos os fascismos.
O autor insiste na importância do colonialismo para a história do fascismo e dá conta de como esquemas de trabalho forçado em África e na Europa de Leste dependeram de algodão, café e substitutos da borracha desenvolvidos por melhoradores de plantas em Maputo, Adis Abeba e Auschwitz. O seu estudo das viagens de carneiros caraculos entre laboratórios zootécnicos alemães, italianos e portugueses, liga de forma inesperada genocídios fascistas na Ucrânia, Líbia e Sul de Angola.
Prémio Pfizer de livro do ano em 2017 da History of Science Society.
As primeiras mobilizações de massas de Mussolini, Salazar e Hitler fizeram-se com novas variedades de trigo adaptadas ao uso de fertilizantes químicos, batatas resistentes ao míldio e porcos alimentados com produtos nacionais. Tiago Saraiva revela os processos de formação de grandes burocracias estatais em volta dos novos organismos tecnocientíficos que prometeram alimentar a nação orgânica imaginada por todos os fascismos.
O autor insiste na importância do colonialismo para a história do fascismo e dá conta de como esquemas de trabalho forçado em África e na Europa de Leste dependeram de algodão, café e substitutos da borracha desenvolvidos por melhoradores de plantas em Maputo, Adis Abeba e Auschwitz. O seu estudo das viagens de carneiros caraculos entre laboratórios zootécnicos alemães, italianos e portugueses, liga de forma inesperada genocídios fascistas na Ucrânia, Líbia e Sul de Angola.
Prémio Pfizer de livro do ano em 2017 da History of Science Society.