Sofia Ponte
Biografia
Natural de Lisboa. Doutora em Arte e Design pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e mestre em Visual Studies pela School of Architecture and Planning do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Membro integrado do Instituto de Design, Media e Cultura (ID+). Foi professora auxiliar convidada na FBAUP entre 2011 e 2020. Atualmente é professora auxiliar no IADE – Universidade Europeia. É júri no concurso de arte pública VIArtes—Via Catarina e membro da Rede de Informação, Investigação e Intervenção em Arte Pública (R3iAP).
partilhar
Em destaque VER +
Transformar Arte Funcional em Objeto Museal
Este livro apresenta o estudo sobre a exposição de obras de Arte Funcional em museus de arte. A Arte Funcional é um segmento de arte contemporânea, relacionado com a Arte Pública recente, constituído por obras que se materializam através de uma inconfundível articulação entre as suas dimensões conceptual, social e funcional. Preenchendo uma lacuna no estudo das estratégias de exposição deste tipo de obras e através de uma análise da sua transformação em objeto museal, apresentamos três obras e a sua respetiva vida social — The Homeless Vehicle (1988) de Krzysztof Wodiczko, paraSite (1998-) de Michael Rakowitz e Victory Gardens+ (2007) de Amy Franceschini.
O leque diversificado de situações expositivas identificadas permitiu verificar que uma exposição põe em marcha ações de recontextualização que levam à transformação conceptual e material destas obras. Propõe-se que a natureza híbrida e complexa da Arte Funcional tende a desafiar as condutas de exposição praticadas nos museus de arte, porque o conceito de objeto museal subjacente é instável. Verificou-se que este processo tem contribuído, e simultaneamente beneficiado, da "desmodernização" do contexto museal, um fenómeno recente mas com fervorosos seguidores, que tem potenciado uma atividade curadorial cada vez mais reflexiva.
O leque diversificado de situações expositivas identificadas permitiu verificar que uma exposição põe em marcha ações de recontextualização que levam à transformação conceptual e material destas obras. Propõe-se que a natureza híbrida e complexa da Arte Funcional tende a desafiar as condutas de exposição praticadas nos museus de arte, porque o conceito de objeto museal subjacente é instável. Verificou-se que este processo tem contribuído, e simultaneamente beneficiado, da "desmodernização" do contexto museal, um fenómeno recente mas com fervorosos seguidores, que tem potenciado uma atividade curadorial cada vez mais reflexiva.