Romeu Correia
Biografia
Romeu Correia (Almada, 1917-1996) foi escritor e dramaturgo. Colaborou em várias publicações como o suplemento cultural de O Comércio do Porto, Vértice, Sílex e Jornal Record, mas foi como ficcionista e dramaturgo que se destacou, inserindo-se inicialmente na corrente Neorrealista.
As suas obras são marcadas por uma forte ligação às fontes da literatura oral popular, e decorrem frequentemente em ambientes como os do circo, das feiras, do teatro de fantoches ou outros grupos marginais à sociedade, aliando, porém, estas características a técnicas dramáticas do teatro de vanguarda. Paralelamente à carreira literária, Romeu Correia foi atleta de competição em atletismo, chegando a ser campeão de boxe amador.
É autor das peças teatrais Casaco de Fogo (1953), Céu da Minha Rua (1955), O Vagabundo das Mãos de Ouro (1960), Bocage (1965), Cravo Espanhol (1970), entre outras. No género romance assinou obras como Trapo Azul (1948), Calamento (1950), Bonecos de Luz (1961), Tritão (1982) e Cais do Ginjal (1989). Ao longo da sua carreira obteve as seguintes distinções: Prémio da Crítica Teatral (1962), Óscar de Honra da Casa da Imprensa (1962), Prémio da Imprensa Regional (1965), Prémio da Casa da Imprensa (1972), Prémio Académico Ricardo Malheiros (1976) e o Prémio 25 de Abril da Associação de Críticos de Teatro (1984).
Nos últimos anos da sua vida, Romeu Correia foi um dos dramaturgos mais representados por grupos amadores e profissionais de teatro em Portugal.
As suas obras são marcadas por uma forte ligação às fontes da literatura oral popular, e decorrem frequentemente em ambientes como os do circo, das feiras, do teatro de fantoches ou outros grupos marginais à sociedade, aliando, porém, estas características a técnicas dramáticas do teatro de vanguarda. Paralelamente à carreira literária, Romeu Correia foi atleta de competição em atletismo, chegando a ser campeão de boxe amador.
É autor das peças teatrais Casaco de Fogo (1953), Céu da Minha Rua (1955), O Vagabundo das Mãos de Ouro (1960), Bocage (1965), Cravo Espanhol (1970), entre outras. No género romance assinou obras como Trapo Azul (1948), Calamento (1950), Bonecos de Luz (1961), Tritão (1982) e Cais do Ginjal (1989). Ao longo da sua carreira obteve as seguintes distinções: Prémio da Crítica Teatral (1962), Óscar de Honra da Casa da Imprensa (1962), Prémio da Imprensa Regional (1965), Prémio da Casa da Imprensa (1972), Prémio Académico Ricardo Malheiros (1976) e o Prémio 25 de Abril da Associação de Críticos de Teatro (1984).
Nos últimos anos da sua vida, Romeu Correia foi um dos dramaturgos mais representados por grupos amadores e profissionais de teatro em Portugal.
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Um Passo em Frente
«Ao longo da sua carreira literária, muito marcada pelas gentes e lugares de Almada, Romeu Correia soube sempre escrever, e bem, sobre aquilo que melhor conheceu e conviveu de perto: as pessoas da sua terra, que muitas vezes, com as suas dificuldades e dramas de vida, mas também preconceitos e alegrias, lhe deram a matéria-prima necessária para peças de teatro, romances e contos. Ele foi, antes de qualquer outra coisa, um escritor por vocação, mas foi também um rebelde que se revoltou contra a inércia que sentiu em si e identificou nos outros. São, por isso, os mais desfavorecidos, ou se se quiser, os mais explorados pelo sistema, a quem Romeu Correia quis dar voz, tornando-os protagonistas de romances, como As Costureiras de Trapo Azul (1948), Os pescadores de Calamento (1950) ou os filhos das ervas deste mundo de Bonecos de Luz (1961). Também nos palcos, nas muitas peças de teatro que escreveu, algumas delas com passagem pelo Teatro Nacional, foram os operários, os vagabundos e as mulheres honradas reféns do preconceito que lhe marcaram as tramas e os atos, em diálogos sempre cheios de verosimilhança.»
Vasco Branco
«Ao lermos esta edição, estamos perante uma obra colorida e viva, discreta e elegante, e onde se enlaça um rasto de humor e drama, mantendo o interesse dos leitores pela diversidade de temas, espelhadas em quadros de vida comum e simples. Neste registo confessional, a um tempo deslumbrado e dorido, o autor faz ressaltar em pano de fundo as suas memórias, os seus passos vividos. Fá-lo também no sentido das relações humanas quando se emerge para questões do social, onde se sentem os ideais atentos, aos problemas que afligem a sociedade, resultando uma comovente forma de utópico optimismo. As marcas do tempo são bem legíveis no pensamento do Autor.»
Alexandre M. Flores
Vasco Branco
«Ao lermos esta edição, estamos perante uma obra colorida e viva, discreta e elegante, e onde se enlaça um rasto de humor e drama, mantendo o interesse dos leitores pela diversidade de temas, espelhadas em quadros de vida comum e simples. Neste registo confessional, a um tempo deslumbrado e dorido, o autor faz ressaltar em pano de fundo as suas memórias, os seus passos vividos. Fá-lo também no sentido das relações humanas quando se emerge para questões do social, onde se sentem os ideais atentos, aos problemas que afligem a sociedade, resultando uma comovente forma de utópico optimismo. As marcas do tempo são bem legíveis no pensamento do Autor.»
Alexandre M. Flores