Robert. P. George
Biografia
Robert. P. George é Professor de Filosofia e Teoria do Direito, detentor da cátedra McCormick na Universidade de Princeton, onde também é Director do James Madison Program in American Ideals and Institutions. Ex-membro da Comissão para os Direitos Fundamentais, por nomeação do Presidente dos Estados Unidos, desempenhou a função de Assessor Jurídico no Supremo Tribunal dos Estados Unidos, onde recebeu o Prémio Juiz Tom C. Clark, em 1990. Formado no Swarthmore College e na Harvard Law School, o Professor George obteve o seu doutoramento em Filosofia do Direito na Universidade de Oxford. Entre os seus livros, contam-se Making Men Moral. Civil Liberties and Public Morality e In Defense of Natural Law.
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Choque de Ortodoxias
Choque de Ortodoxias de Robert P. George é um importante contributo para a reavaliação crítica de uma visão do mundo comummente associada à modernidade, sobretudo na sua versão europeia continental, e às democracias liberais. O autor designa-a por "ortodoxia secularista", definindo-a como a estrita separação entre a fé e o espaço público.
Robert P. George desafia esta visão do mundo e sustenta a superioridade racional da tradição religiosa, moral e filosófica judaico-cristã. Esta superioridade, argumenta, pode ser justificada em termos puramente filosóficos, em dois planos fundamentais: no plano da capacidade de equacionar e propor respostas para importantes problemas ético-políticos contemporâneos (como sejam os do aborto, eutanásia, casamento, para citar apenas os mais conhecidos); e no plano da própria justificação e defesa da democracia liberal. O autor escreve simultaneamente como cristão, católico, e como filósofo moral, aliás amplamente reconhecido e respeitado na comunidade académica anglo-americana.
A "ortodoxia secularista procura erigir-se em única doutrina oficial do Estado demo-liberal, excluindo do debate público todas as concepções particulares do bem que desejem utilizar argumentos morais para justificar os seus pontos de vista, ou criticar os opostos. É necessário, pois, reabrir o inquérito livre e aberto sobre os fundamentos da liberdade do Ocidente, redescobrindo a conversação entre a filosofia política clássica e a tradição judaico-cristã, entre Atenas, Roma e Jerusalém, que em boa verdade inspiram e sustentam as modernas democracias liberais.
João Carlos Espada
Robert P. George desafia esta visão do mundo e sustenta a superioridade racional da tradição religiosa, moral e filosófica judaico-cristã. Esta superioridade, argumenta, pode ser justificada em termos puramente filosóficos, em dois planos fundamentais: no plano da capacidade de equacionar e propor respostas para importantes problemas ético-políticos contemporâneos (como sejam os do aborto, eutanásia, casamento, para citar apenas os mais conhecidos); e no plano da própria justificação e defesa da democracia liberal. O autor escreve simultaneamente como cristão, católico, e como filósofo moral, aliás amplamente reconhecido e respeitado na comunidade académica anglo-americana.
A "ortodoxia secularista procura erigir-se em única doutrina oficial do Estado demo-liberal, excluindo do debate público todas as concepções particulares do bem que desejem utilizar argumentos morais para justificar os seus pontos de vista, ou criticar os opostos. É necessário, pois, reabrir o inquérito livre e aberto sobre os fundamentos da liberdade do Ocidente, redescobrindo a conversação entre a filosofia política clássica e a tradição judaico-cristã, entre Atenas, Roma e Jerusalém, que em boa verdade inspiram e sustentam as modernas democracias liberais.
João Carlos Espada