Pedro Lopes Adão
Biografia
Pedro Lopes Adão (n. 2001, Porto) começou a sua carreira na escrita aos 15 anos de idade, principiando a sua jornada com a poesia que, mais tarde, se estendeu para a crítica literária. Já teve oportunidade de colaborar com diversos meios de divulgação cultural, como a revista Devaneio, de que é membro da redação, a Comunidade Cultura & Arte, a Revista Kametsa, a Revista Mirada, o Ruído Manifesto, etc. Após ingressar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto foi convidado a se dar a conhecer na Revista Alegre e a integrar a antologia "110 Anos, 110 poetas" (org. Isabel Morujão). Entretanto já publicou: Palavra em Queda, ed. Glaciar (2022) e Os Amorosos & Os Odiados, ed. Lema d'Origem (2023).
partilhar
Em destaque VER +
Ele Escrevia Sol
"É sem dúvida toda uma outra forma de conceber o universo poético habitual na nossa poesia. Ramos Rosa poderia aproximar-se, quando se pensa na dimensão que o olhar ocupa na sua poética, de um imaginário surrealista; no entanto, se algum surrealismo existe, será na linha heterodoxa de um Henri Michaux - que para além de poeta também se dedicou às artes plásticas e ao desenho, tal como sucedeu com Ramos Rosa.
Sendo o que se conhece do desenho de Ramos Rosa mais figurativo do que as linhas e manchas de Michaux, talvez este recurso ao desenho seja uma forma de prolongar o que as suas poéticas exprimem, sendo que se em Michaux há um reenvio para o mundo inconsciente que se deixa pressentir em Rosa não é no sentido freudiano de uma dominante onírica que a imagem surge, mas no plano alusivo de uma imagem, ou sequência de imagens, que se concentram numa palavra, nisto se aproximando da visão da psicanálise de Lacan para quem o inconsciente é uma linguagem."
Sendo o que se conhece do desenho de Ramos Rosa mais figurativo do que as linhas e manchas de Michaux, talvez este recurso ao desenho seja uma forma de prolongar o que as suas poéticas exprimem, sendo que se em Michaux há um reenvio para o mundo inconsciente que se deixa pressentir em Rosa não é no sentido freudiano de uma dominante onírica que a imagem surge, mas no plano alusivo de uma imagem, ou sequência de imagens, que se concentram numa palavra, nisto se aproximando da visão da psicanálise de Lacan para quem o inconsciente é uma linguagem."