Pedro Florêncio
Biografia
Pedro Florêncio tem 30 anos, é natural de Lisboa e faz do cinema um modo de vida. Para além de ser realizador, também lecciona "História do Cinema" na licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa. Também é investigador no CEC (Centro de Estudos Comparatistas) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Quando o questionámos sobre projetos/acontecimentos que o tenham marcado, o realizador referiu a transmissão televisiva dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, bem como a sessão do filme "No Home Movie" (2016), de Chantal Akerman, no Doclisboa.
Realizou, em 2011, a curta-metragem "Banana Motherf*cker", que recebeu diversos prémios internacionais. Em 2014, realizou "Onde o meu amigo pintou um quadro", exibido em vários festivais nacionais e internacionais desde então. Em 2017, realizou a média-metragem "À Tarde", que recebeu o Prémio Especial do Júri na Competição Nacional do DocLisboa 2017. "Turno do Dia" é a sua primeira longa-metragem e estreou no DocLisboa 2018.
Realizou, em 2011, a curta-metragem "Banana Motherf*cker", que recebeu diversos prémios internacionais. Em 2014, realizou "Onde o meu amigo pintou um quadro", exibido em vários festivais nacionais e internacionais desde então. Em 2017, realizou a média-metragem "À Tarde", que recebeu o Prémio Especial do Júri na Competição Nacional do DocLisboa 2017. "Turno do Dia" é a sua primeira longa-metragem e estreou no DocLisboa 2018.
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Esculpindo o Espaço
«Sobre alguns lugares-comuns criados em torno do colossal projecto documental de Frederick Wiseman, importa exercer um contraditório. Como é que este cinema pode ser relegado para uma categoria observacional, se à sua audiovisualidade representacional corresponde também um sentido táctil e um método profundamente fenomenológico? Como é que a essa metodologia se atribui metaforicamente o olhar de uma mosca invisível (Fly on the wall), se as técnicas narrativas e de montagem escolhidas reproduzem deliberadamente um modo de percepção e um ponto de vista humanos? Como é que se pode reduzir tal filmografia a um empreendimento documental e denotativo, se o que a particulariza não são os objectos para análise que dá a ver, mas os objectos de intenção - enfim, o que dá a pensar?
(...)
É por isso mesmo que o cinema de Frederick Wiseman nos interessa especialmente, pois funda um sistema que, por tomar a sensação da vida como referente directo (em múltiplas dimensões), está literalmente aberto a todos.»
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É por isso mesmo que o cinema de Frederick Wiseman nos interessa especialmente, pois funda um sistema que, por tomar a sensação da vida como referente directo (em múltiplas dimensões), está literalmente aberto a todos.»