Patrik Ourednik
Biografia
Patrik Ouredník (n. 1957), escritor e tradutor literário, passou a juventude na Checoslováquia dos anos 70, depois do fracasso da Primavera de Praga.
Activista e editor, subscreveu petições pela libertação de presos políticos e foi rapidamente excluído do ensino universitário pelo seu inconformismo ideológico. Depois de incursões como livreiro e arquivista, estudou teatro em Praga e exilou-se em França em 1984, onde vive actualmente.
Autor de ensaios, romances e poemas publicados em Itália, em França e nos EUA, traduziu François Rabelais, Boris Vian, Alfred Jarry e Raymond Queneau para checo.
Europeana, o livro mais famoso deste mestre da subversão, foi traduzido em trinta línguas.
Activista e editor, subscreveu petições pela libertação de presos políticos e foi rapidamente excluído do ensino universitário pelo seu inconformismo ideológico. Depois de incursões como livreiro e arquivista, estudou teatro em Praga e exilou-se em França em 1984, onde vive actualmente.
Autor de ensaios, romances e poemas publicados em Itália, em França e nos EUA, traduziu François Rabelais, Boris Vian, Alfred Jarry e Raymond Queneau para checo.
Europeana, o livro mais famoso deste mestre da subversão, foi traduzido em trinta línguas.
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O Fim do Mundo Não Terá Acontecido
De Paris à Casa Branca, o tradutor Gaspard Boisvert — ex-conselheiro do «presidente americano mais estúpido da história do país», criador de slogans para bebidas espirituosas e plausível bisneto de Hitler — tenta escapar incólume ao processo mundial de estupidificação em curso. Porém, atormentado por frases como «a democracia ocidental é o estádio derradeiro duma sociedade avançada», «a excisão do clítoris constitui um facto cultural» ou «é preciso saber prever com antecipação», acaba por sucumbir a um esgotamento nervoso.
A história de Gaspard dá o mote a um narrador empenhado em fornecer estatísticas embaraçosas da espécie humana — brinquedos sexuais favoritos, recordistas sanguinários, restrições alimentares dos devotos, etc. —, neste romance carregado de humor à Hašek e ironia à Rabelais, na senda de Europeana (Antígona, 2017).
O Fim do Mundo Não Terá Acontecido (2017) revela um Patrik Ouredník fascinado com o apocalipse, lançando-se com unhas e dentes aos lugares-comuns do discurso e ao imparável cretinismo dos nossos dias.
A história de Gaspard dá o mote a um narrador empenhado em fornecer estatísticas embaraçosas da espécie humana — brinquedos sexuais favoritos, recordistas sanguinários, restrições alimentares dos devotos, etc. —, neste romance carregado de humor à Hašek e ironia à Rabelais, na senda de Europeana (Antígona, 2017).
O Fim do Mundo Não Terá Acontecido (2017) revela um Patrik Ouredník fascinado com o apocalipse, lançando-se com unhas e dentes aos lugares-comuns do discurso e ao imparável cretinismo dos nossos dias.