Nelson Nunes
Biografia
Nelson Nunes (n. 1986) não sabe quando se tornou escritor, mas já teve tempo para publicar seis livros de não-ficção — entre os quais Com o Humor Não Se Brinca (2016), Isto Não é Um Livro de Receitas (2017) e Quem Vamos Queimar Hoje (2018) — e um romance, Preciosa (2019). Foi cronista do jornal Público entre 2013 e 2021 e em 2022, venceu o FITA Literary International Awards na categoria de Melhor Crónica.
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Enquanto Vamos Sobrevivendo a esta Doença Fatal
Este é um livro que traz a morte para um lugar mais próximo da vista e do pensamento. Mas não é um livro macabro - muito pelo contrário. É um livro que promove uma maior consciência sobre a morte, para que a ideia nos seja mais próxima. É a promoção dessa proximidade que tem potencial para diminuir o choque quando o luto for inevitável. Neste trabalho do escritor Nelson Nunes, observamos as vidas de quem foi afectado pelas mais variadas facetas da morte. Há quem tenha atravessado a perda de uma mãe, há quem tenha atravessado a perda de um filho. Há quem esteja enlutado por um desaparecimento, pela morte presumível que nunca voltou a aparecer. E há também quem esteja a gerir a sua própria morte - fosse por ter tentado o suicídio, por ter tido um acidente quase fatal ou por ser doente terminal.
Mas vamos também conhecer aqueles que tratam a morte por tu: um anatomo-patologista desvenda o que significa morrer, uma pedopsiquiatra fala sobre como devemos conversar sobre a morte com as crianças, uma prestadora de primeiros socorros diz-nos como é viver com a morte no seu quotidiano, líderes religiosos explicam os mecanismos com os quais a religião nos ajuda a lidar com a perda e o medo do fim, um filósofo contempla a ideia da morte e um cientista diz-nos se é plausível pensar realisticamente sobre a imortalidade. Trazer a morte para junto de nós é a melhor forma de aprendermos a aceitar um pouco melhor a sua inevitabilidade. É a melhor forma de nos prepararmos para o luto, contemplando a morte e sabendo que ela é parte indissociável da vida.
Mas vamos também conhecer aqueles que tratam a morte por tu: um anatomo-patologista desvenda o que significa morrer, uma pedopsiquiatra fala sobre como devemos conversar sobre a morte com as crianças, uma prestadora de primeiros socorros diz-nos como é viver com a morte no seu quotidiano, líderes religiosos explicam os mecanismos com os quais a religião nos ajuda a lidar com a perda e o medo do fim, um filósofo contempla a ideia da morte e um cientista diz-nos se é plausível pensar realisticamente sobre a imortalidade. Trazer a morte para junto de nós é a melhor forma de aprendermos a aceitar um pouco melhor a sua inevitabilidade. É a melhor forma de nos prepararmos para o luto, contemplando a morte e sabendo que ela é parte indissociável da vida.