Miguel Torga
Biografia
Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma vasta produção literária, largamente reconhecida e traduzida em várias línguas. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. Depois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, a angústia da morte, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedade, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação do Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu, entre outros, o Prémio Montaigne em 1981, o Prémio Camões em 1989 e o Prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores) em 1992.
Prémios
1989 - Prémio Camões
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Teatro
Neste volume reúnem-se as peças de teatro mais significativas de Miguel Torga: Terra Firme (1941), Mar (1941) e O Paraíso (1949). Várias vezes levadas à cena em Portugal e no estrangeiro, tiveram algumas representações históricas, como a de Terra Firme pelo TEUC (com encenação de Paulo Quintela), e as de Mar - poema dramático onde o monólogo de Domingos sobre o encontro com a sereia foi considerado pela crítica «uma das mais belas réplicas do teatro português» - pelo Teatro Moderno da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, por um grupo de estudantes do King’s College de Londres (sob a direcção de Ruben A., que fez também uma adaptação da peça para a BBC), pelo Teatro Experimental do Porto (com encenação de António Pedro), pelo CITAC (Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra) e pelo Teatro Experimental de Cascais (com encenação de Carlos Avilez e cenário de Almada Negreiros).