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História da Alimentação II
É uma longa história que esta obra nos desafia a descobrir: a questão da alimentação quotidiana, o papel do pão, do vinho e das especiarias, a arte culinária, mas também as fomes que assolaram periodicamente a Europa. Viu-se, no 1.º volume desta obra, que os nossos antepassados dispunham já de livros de culinária e que os ofícios ligados à alimentação eram bem mais numerosos que hoje. E também já se viu como a tradição ocidental, mais ou menos, se inspirou em culturas vizinhas — as da Mesopotâmia e do Egipto antigo, as da Grécia e de Roma, a de Bizâncio, as dos Judeus e dos Árabes e, por fim, a dos Americanos.
É claro que a alimentação não tem que ver apenas com a satisfação de uma necessidade fisiológica, idêntica em todos os seres humanos; para além disto, ela está intrinsecamente ligada à diversidade das culturas e a tudo quanto contribui para modelar a identidade de cada povo. Mas, por outro lado, é também profundamente influenciada por novos padrões de vida: foi assim que rapidamente se instalou o culto da chamada «comida rápida» (fast food) e perdeu terreno a «cozinha tradicional».
De tudo isto nos fala esta obra excepcional, escrita por uma cinquentena de historiadores, sob a direcção de Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari.