Mary del Priore
Biografia
Mary del Priore nasceu em 1958 no Rio de Janeiro. Com um doutoramento em História Social pela Universidade de São Paulo e um pós-doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, foi professora de História em diversas universidades brasileiras. Pelo seu trabalho na área da divulgação da História, recebeu mais de 20 prémios nacionais e internacionais, entre os quais os reconhecidos Prémio Jabuti (1998), prémio União Brasileira de Escritores (1998), Prémio Personalidade Cultural do Ano (1998), Prémio Casa Grande e Senzala (1998 e 2000) e Prémio Fundação Biblioteca Nacional (2009). Além de ter publicados mais de 40 livros, colabora ainda regularmente com diversos jornais e revistas brasileiros e internacionais.
partilhar
Em destaque VER +
O Mal sobre a Terra
O grande terramoto de 1755, em Lisboa, não alterou apenas a aparência da, à época, capital do império português. Este fenómeno brutal da natureza alterou, também, a natureza e a dimensão da relação do homem com o Céu e a Terra. Mais, expôs impiedosamente as tensões que, à vez, alimentavam e minavam a sociedade portuguesa da altura.
O fatídico 1. º de Novembro de 1755, dia de Todos os Santos, constitui um dos mais terríficos e fascinantes acontecimentos de todo o século XVIII. A devastação da cidade de Lisboa, a perda de incontáveis vidas, a surpresa e o horror da destruição pelo abalo, primeiro, pela água, depois, e, por fim, pelo fogo, impuseram a subversão da ordem vigente e abriram a porta a fantasmas que povoavam os imaginários mais apocalípticos da época, a começar pela mudança. Com efeito, depois do terramoto, muito, se não tudo, mudaria.
Se Voltaire e Kant dedicaram parte do seu pensamento e escritos a este acontecimento, tal não é menos verdade para inúmeros outros, mais ou menos anónimos, que, tendo vivido o horror e o trauma in loco e sobrevivido para contar, deixaram o seu testemunho sob a forma de cartas, poemas e memórias. Foram estes os documentos que Mary del Priore, reputada historiadora brasileira, leu e releu, analisou e esmiuçou, na bem-sucedida empresa de reconstituir a sociedade, a economia e a geografia lisboeta antes, durante e depois do terramoto.
O fatídico 1. º de Novembro de 1755, dia de Todos os Santos, constitui um dos mais terríficos e fascinantes acontecimentos de todo o século XVIII. A devastação da cidade de Lisboa, a perda de incontáveis vidas, a surpresa e o horror da destruição pelo abalo, primeiro, pela água, depois, e, por fim, pelo fogo, impuseram a subversão da ordem vigente e abriram a porta a fantasmas que povoavam os imaginários mais apocalípticos da época, a começar pela mudança. Com efeito, depois do terramoto, muito, se não tudo, mudaria.
Se Voltaire e Kant dedicaram parte do seu pensamento e escritos a este acontecimento, tal não é menos verdade para inúmeros outros, mais ou menos anónimos, que, tendo vivido o horror e o trauma in loco e sobrevivido para contar, deixaram o seu testemunho sob a forma de cartas, poemas e memórias. Foram estes os documentos que Mary del Priore, reputada historiadora brasileira, leu e releu, analisou e esmiuçou, na bem-sucedida empresa de reconstituir a sociedade, a economia e a geografia lisboeta antes, durante e depois do terramoto.
bibliografia
- formato
- Livro
- eBook
- Audiolivros
- ordenação
- Data Edição
- Ranking
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
18,51€
Companhia das Letras