Mário Cabral
Biografia
Nasceu na Ilha Terceira em 1963, viveu em Lisboa e no Faial e regressou à freguesia natal, São Mateus da Calheta, para morar e trabalhar até ao fim da vida na casa de família, que transformou, diversas vezes, em cenário para a sua literatura: a Casa das Tramóias.
Aluno e professor brilhante, lecionou filosofia e psicologia no ensino secundário e, mais tarde, filosofia para crianças. Doutorou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma tese em Agostinho da Silva, Teixeira de Pascoaes e Delfim Santos, onde faz a síntese do seu pensamento em teologia, filosofia e literatura: Via Sapientiae – Da Filosofia à Santidade, publicada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Publicou também O Meu Livro das Receitas (Pedra Formosa), O Livro das Configurações (Campo das Letras), O Acidente (Campo das Letras, Prémio John dos Passos 2007), Tratados (Companhia das Ilhas) e O Mistério da Casa Indeterminada (Companhia das Ilhas).
As boas maneiras podiam contar tanto para a nota de um seu aluno como o resultado de um teste escrito, dessintonizou um canal de televisão no dia em que estreou o primeiro dos reality shows e foi o primeiro diretor do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Pintou, cuidou do seu jardim, colaborou regularmente com a imprensa e deixou vasta obra inédita que a Companhia das Ilhas traz a público.
Aluno e professor brilhante, lecionou filosofia e psicologia no ensino secundário e, mais tarde, filosofia para crianças. Doutorou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma tese em Agostinho da Silva, Teixeira de Pascoaes e Delfim Santos, onde faz a síntese do seu pensamento em teologia, filosofia e literatura: Via Sapientiae – Da Filosofia à Santidade, publicada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Publicou também O Meu Livro das Receitas (Pedra Formosa), O Livro das Configurações (Campo das Letras), O Acidente (Campo das Letras, Prémio John dos Passos 2007), Tratados (Companhia das Ilhas) e O Mistério da Casa Indeterminada (Companhia das Ilhas).
As boas maneiras podiam contar tanto para a nota de um seu aluno como o resultado de um teste escrito, dessintonizou um canal de televisão no dia em que estreou o primeiro dos reality shows e foi o primeiro diretor do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Pintou, cuidou do seu jardim, colaborou regularmente com a imprensa e deixou vasta obra inédita que a Companhia das Ilhas traz a público.
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Eudemim
Prefácio de Leonor Sampaio da Silva
«Eudemim é um livro polifónico e complexo, ao longo do qual acompanhamos o percurso de um homem desde o dia em que celebra o seu trigésimo aniversário até depois da sua morte, através de inúmeras vozes (incluindo a dele próprio), que nos narram as suas origens e descendência, as suas dores e fragilidades, os seus sonhos e conquistas. Bastaria isso para vislumbrar nele um projecto de escrita ambicioso. Acresce ainda ao complexo fio que urde a acção principal vários outros factores que contribuem para a opulência de uma narrativa em que a literatura se alia à pintura, à arquitectura e à filosofia para se mostrar como espaço inclusivo de saberes e sensibilidades. […] No plano geográfico, o arquipélago é o espelho territorial da temática abordada no romance. A ilha espelha o isolamento, e a condição arquipelágica reitera a unidade na multiplicidade, não só por via da proximidade insular, mas pelo tipo de nuvens que povoam o céu açoriano: "Os céus das ilhas são com a maior frequência repletos de nuvens em diversas cores e gradações, o que dá a ideia de espaço ainda maior e desdobrado até ao Eterno." […] Na esteira do pensamento contemporâneo que aborda o tema complexo da identidade sob a perspectiva dinâmica de um conhecimento que se vai construindo com o tempo, influenciado pelas experiências e as relações interpessoais, recusando o carácter estático e unívoco que, no passado a prendeu a estereótipos, e de um tema (o Duplo) com profundas raízes na tradução literária ocidental (pense-se, por exemplo em Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, ou de Orlando, de Virginia Woolf, para só citar dois exemplos) Eudemim convida à visão do Eu como o Outro-Dentro-de-Mim: não um monstro ou uma ameaça, mas uma oportunidade de recomeços infinitos. Em número plural e em nome do pluralismo se tece este romance, que é reflexão filosófica, partilha artística e manifesto a favor da diferença como a face mais promissora do Eu futuro.»
Do Prefácio
«Eudemim é um livro polifónico e complexo, ao longo do qual acompanhamos o percurso de um homem desde o dia em que celebra o seu trigésimo aniversário até depois da sua morte, através de inúmeras vozes (incluindo a dele próprio), que nos narram as suas origens e descendência, as suas dores e fragilidades, os seus sonhos e conquistas. Bastaria isso para vislumbrar nele um projecto de escrita ambicioso. Acresce ainda ao complexo fio que urde a acção principal vários outros factores que contribuem para a opulência de uma narrativa em que a literatura se alia à pintura, à arquitectura e à filosofia para se mostrar como espaço inclusivo de saberes e sensibilidades. […] No plano geográfico, o arquipélago é o espelho territorial da temática abordada no romance. A ilha espelha o isolamento, e a condição arquipelágica reitera a unidade na multiplicidade, não só por via da proximidade insular, mas pelo tipo de nuvens que povoam o céu açoriano: "Os céus das ilhas são com a maior frequência repletos de nuvens em diversas cores e gradações, o que dá a ideia de espaço ainda maior e desdobrado até ao Eterno." […] Na esteira do pensamento contemporâneo que aborda o tema complexo da identidade sob a perspectiva dinâmica de um conhecimento que se vai construindo com o tempo, influenciado pelas experiências e as relações interpessoais, recusando o carácter estático e unívoco que, no passado a prendeu a estereótipos, e de um tema (o Duplo) com profundas raízes na tradução literária ocidental (pense-se, por exemplo em Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, ou de Orlando, de Virginia Woolf, para só citar dois exemplos) Eudemim convida à visão do Eu como o Outro-Dentro-de-Mim: não um monstro ou uma ameaça, mas uma oportunidade de recomeços infinitos. Em número plural e em nome do pluralismo se tece este romance, que é reflexão filosófica, partilha artística e manifesto a favor da diferença como a face mais promissora do Eu futuro.»
Do Prefácio
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