Lydie Salvayre
Biografia
Lydie Salvayre nascida em 1946, filha de pai
andaluz e de mãe catalã, refugiados em França
desde fevereiro de 1939, Lydie Salvayre passou a
infância em Auterive, perto de Toulouse.
Depois de uma licenciatura em Literatura Moderna na Universidade de Toulouse, estudou Medicina na Faculdade de Toulouse e realizou, em seguida, o internato em Psiquiatria. Torna-se pedopsiquiatra e, durante 15 anos, é directora do Centro de Saúde de Bagnolet.
Lydie Salvayre é autora de vinte livros traduzidos em inúmero países, alguns com adaptações teatrais. Vencedora de inúmeros prémios literários, com o Prémio Goncourt de 2014 atinge o auge da sua carreira.
Depois de uma licenciatura em Literatura Moderna na Universidade de Toulouse, estudou Medicina na Faculdade de Toulouse e realizou, em seguida, o internato em Psiquiatria. Torna-se pedopsiquiatra e, durante 15 anos, é directora do Centro de Saúde de Bagnolet.
Lydie Salvayre é autora de vinte livros traduzidos em inúmero países, alguns com adaptações teatrais. Vencedora de inúmeros prémios literários, com o Prémio Goncourt de 2014 atinge o auge da sua carreira.
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Nada de Lágrimas
A voz de Montse, mãe Lydie Salvayre, e a de Bernanos cruzam-se para compartilharem o que foram os anos de 1936 e 1937, durante a Guerra Civil Espanhola.
Lydie Salvayre põe-se à disposição da mãe, permitindo-lhe libertar-se do que guardou dentro de si desde a data do casamento, reencontrar a liberdade de expressão, reviver enfim a beleza, a poesia e a vida impetuosa das ideias libertárias. Breve instante seguido pelo despedaçar dos sonhos e pelo regresso ao imobilismo anterior que muitos preferem.
Duas vozes que se entrelaçam. Uma, revoltada, a de Georges Bernanos, testemunha direta da Guerra Civil Espanhola, que denuncia o terror exercido pelos nacionalistas com a benção da Igreja Católica contra os «maus pobres». Outra, revigorante, de Montse, mãe da narradora e «má pobre», que, 70 anos depois dos acontecimentos, apagou tudo da memória, exceto os dias gloriosos da insurreição libertária que, em algumas regiões de Espanha, assinalaram o início da guerra de 36. Dias vividos pela adolescente na simplicidade e na alegria da sua aldeia na Alta Catalunha. Duas vozes, duas visões que estranhamente ecoam no nosso presente, apoiados na escrita encantatória de Lydie Salvayre.
Lydie Salvayre põe-se à disposição da mãe, permitindo-lhe libertar-se do que guardou dentro de si desde a data do casamento, reencontrar a liberdade de expressão, reviver enfim a beleza, a poesia e a vida impetuosa das ideias libertárias. Breve instante seguido pelo despedaçar dos sonhos e pelo regresso ao imobilismo anterior que muitos preferem.
Duas vozes que se entrelaçam. Uma, revoltada, a de Georges Bernanos, testemunha direta da Guerra Civil Espanhola, que denuncia o terror exercido pelos nacionalistas com a benção da Igreja Católica contra os «maus pobres». Outra, revigorante, de Montse, mãe da narradora e «má pobre», que, 70 anos depois dos acontecimentos, apagou tudo da memória, exceto os dias gloriosos da insurreição libertária que, em algumas regiões de Espanha, assinalaram o início da guerra de 36. Dias vividos pela adolescente na simplicidade e na alegria da sua aldeia na Alta Catalunha. Duas vozes, duas visões que estranhamente ecoam no nosso presente, apoiados na escrita encantatória de Lydie Salvayre.