Luís Amorim de Sousa
Biografia
Luís Amorim de Sousa nasceu em 1937 na cidade colonial de Nova Lisboa, Angola, de onde foi levado para Lisboa no primeiro ano de vida. Permaneceu em Lisboa até o começo da adolescência. De lá partiu para Lourenço Marques, Moçambique, onde publicou os seus primeiros poemas e se manteve até atingir a maioridade. Desde então viveu grande parte da sua vida no estrangeiro. Trabalhou e dirigiu o serviço noticioso português da BBC, em Londres, até 1976. Partiu seguidamente para Washington, onde desempenhou o cargo de Conselheiro de Imprensa junto da Embaixada de Portugal. Nessas funções residiu posteriormente em Brasília, e em Londres uma vez mais, até atingir a reforma. Viveu seguidamente em Portugal de onde partiu para Oxford, onde reside. Além de vários livros de memórias, reuniu a sua poesia em cinco coletâneas: Ultramarino e O Verbo Trafalgar (IN/CM), Bellini e Pablo Também (Assírio & Alvim), Mera Distância (Artefacto) e Este Incómodo Meu (húmus).
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A Luz que Eu Buscava Intensa
Novo volume da Colecção de Poesia dirigida por Pedro Mexia: Antologia poética de Luís Amorim de Sousa. Lisboa, Lourenço Marques, Londres, Washington, Brasília, o mundo. Conhecemos o percurso de Luís Amorim de Sousa dos seus livros autobiográficos em prosa e de muitos poemas (estreou-se em livro em 1968) como aqueles que constituem esta antologia. Estão aqui as cidades, os museus, os amigos, os escritores moçambicanos, ou os artistas expatriados em Londres, entre os quais avulta Alberto de Lacerda.
Mas o que interessa ao poeta, elegante e pudico, não é a sua biografia, é o frémito de tudo isso («que sítio é este?», pergunta), a fugacidade de tudo isso («o fugaz / oferece por omissão»), a liberdade que então não tínhamos, o maravilhamento estético e íntimo. O seu idioma poético consiste desde há muito em imagens, colagens, elipses e deslocamentos, uma linguagem desenvolta, mas não espontaneísta, devedora de Pound e de outros anglófonos menos evidentes, como Bunting ou Koch.
Assim como existe o «sousafone», uma tuba concebida pelo luso-descendente que escreveu a marcha oficial dos EUA, Luís Amorim de Sousa inventou a música adequada às suas memórias, aos seus trajectos, aos retratos que são presenças animadas, a uma «luz que eu buscava intensa / à superfície das coisas».
Pedro Mexia «Ao fim de muitos anos de poesia, senti a necessidade de reunir num só livro alguns dos poemas que mais me foram ficando. Acrescentei ao conjunto poemas novos. Aqui e ali fiz correcções necessárias. Outras modificações correspondem ao desejo de acertar os ritmos de leitura pretendidos. A arrumação que dei a este conjunto não corresponde à sequência cronológica dos poemas. Na medida do possível e sem pretender furtar-me aos caprichos da memória, tentei situá-los no contexto do meu trajecto de vida.» Luís Amorim de Sousa
Mas o que interessa ao poeta, elegante e pudico, não é a sua biografia, é o frémito de tudo isso («que sítio é este?», pergunta), a fugacidade de tudo isso («o fugaz / oferece por omissão»), a liberdade que então não tínhamos, o maravilhamento estético e íntimo. O seu idioma poético consiste desde há muito em imagens, colagens, elipses e deslocamentos, uma linguagem desenvolta, mas não espontaneísta, devedora de Pound e de outros anglófonos menos evidentes, como Bunting ou Koch.
Assim como existe o «sousafone», uma tuba concebida pelo luso-descendente que escreveu a marcha oficial dos EUA, Luís Amorim de Sousa inventou a música adequada às suas memórias, aos seus trajectos, aos retratos que são presenças animadas, a uma «luz que eu buscava intensa / à superfície das coisas».
Pedro Mexia «Ao fim de muitos anos de poesia, senti a necessidade de reunir num só livro alguns dos poemas que mais me foram ficando. Acrescentei ao conjunto poemas novos. Aqui e ali fiz correcções necessárias. Outras modificações correspondem ao desejo de acertar os ritmos de leitura pretendidos. A arrumação que dei a este conjunto não corresponde à sequência cronológica dos poemas. Na medida do possível e sem pretender furtar-me aos caprichos da memória, tentei situá-los no contexto do meu trajecto de vida.» Luís Amorim de Sousa
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