Leonardo Sciascia
Biografia
Nascido em Racalmuto, na Sicília, em 1921, Leonardo Sciascia ficou na história como um dos mais importantes autores italianos do século XX. Os seus romances são claramente marcados pelo ambiente de corrupção política e convulsões sociais que assolaram a Itália daqueles anos e constituem, no seu conjunto, uma fina e acutilante crítica de época.
Além da escrita, Leonardo Sciascia havia também de pisar a arena política, no Parlamento Italiano e no Europeu, após ter sido Conselheiro Municipal de Palermo.
Depois da sua morte, em 1989, O Dia da Coruja, o seu mais importante livro, encontrou novas gerações de leitores, sendo hoje o romance mais lido do autor em Itália.
Além da escrita, Leonardo Sciascia havia também de pisar a arena política, no Parlamento Italiano e no Europeu, após ter sido Conselheiro Municipal de Palermo.
Depois da sua morte, em 1989, O Dia da Coruja, o seu mais importante livro, encontrou novas gerações de leitores, sendo hoje o romance mais lido do autor em Itália.
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Uma História Simples
Sicília, década de 1980. O telefone toca na esquadra: ao que parece, um velho diplomata quer falar com a polícia porque encontrou uma coisa estranha em sua casa. A partir daqui, tudo sucede numa espécie de ato contínuo, sem tempo para deduções ou explicações. Embora tempo pareça ser tudo o que a polícia tem a mais e não use convenientemente naquele lugar.
Ao que parece, afinal, houve um suicídio. Seria simples, a história, não fosse o jovem polícia deparar, na sua investigação, com uma enorme parede intransponível, composta pelas intrincadas argamassas que dão pelo nome de máfia, polícia, corrupção e, afinal, toda a Sicília.
Retrato de um sítio onde a verdade não conhece definição e a justiça teima em não chegar, o último livro de Sciascia é um magnífico exercício de economia de escrita, uma pequeníssima janela que abrimos e da qual, tremendamente espantados, vemos tudo.
Ao que parece, afinal, houve um suicídio. Seria simples, a história, não fosse o jovem polícia deparar, na sua investigação, com uma enorme parede intransponível, composta pelas intrincadas argamassas que dão pelo nome de máfia, polícia, corrupção e, afinal, toda a Sicília.
Retrato de um sítio onde a verdade não conhece definição e a justiça teima em não chegar, o último livro de Sciascia é um magnífico exercício de economia de escrita, uma pequeníssima janela que abrimos e da qual, tremendamente espantados, vemos tudo.