Joseph Ratzinger
Biografia
Papa alemão, Bento XVI (16 de abril de 1927, em Marktl am Inn, na Baviera, na Alemanha - 31 de dezembro de 2022, Mosteiro Mater Ecclesiæ, Vaticano), nasceu com o nome de Joseph Alois Ratzinger. Era filho de um agente da polícia e de uma empregada de um bar e viveu a infância numa quinta. Em 1939, entrou para o Seminário de Traunstein. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, teve de interromper os estudos e integrou uma unidade militar antiaérea em Munique. Alistou-se também na Juventude Hitleriana, embora tenha alegado que o fez contra a sua vontade.
Na primavera de 1945, com o avanço das tropas aliadas em território alemão, Ratzinger desertou do exército alemão e fugiu para casa, em Traunstein. No entanto, as tropas norte-americanas invadiram a aldeia e fizeram da casa de Ratzinger o quartel-general. Joseph foi identificado como soldado alemão e encarcerado num campo de prisioneiros de guerra, de onde seria libertado a 19 de junho desse ano.
Em novembro, regressou ao seminário e, em 1947, ingressou num instituto de teologia associado à Universidade de Berlim.
A 29 de junho de 1951, Joseph, juntamente com um seu irmão, foi ordenado padre na Catedral de Freising. Dois anos mais tarde, fez o doutoramento em Teologia na Universidade de Berlim. Tornou-se docente de Teologia na Universidade de Bona, tendo mais tarde lecionado em Munster, Tubingen e Regensburg.
Ratzinger chegou a Roma em 1962 como conselheiro do cardeal alemão Joseph Frings no Concílio Vaticano II e, logo nessa altura, se tornou uma figura muito mediática. A sua popularidade aumentou durante o maio de 68, movimento libertário dos estudantes franceses, que Ratzinger condenou, lamentando o marxismo e o ateísmo dos jovens da época. Uns anos mais tarde, em 1972, foi um dos fundadores do jornal de teologia Communio, atualmente um dos mais importantes do pensamento católico. Ratzinger foi nomeado Cardeal de Munique a 25 de junho de 1977 pelo Papa Paulo VI, que também o nomeou arcebispo do Mónaco. Mas foi com João Paulo II que Joseph Ratzinger ganhou mais poderes, quando em 1981 foi nomeado perfeito para a Congregação da Doutrina e da Fé. Esta instituição trata de promover e salvaguardar os ideais da Igreja católica em termos de doutrina e fé e substituiu a Inquisição. Ratzinger notabilizou-se pelas suas posições conservadoras, não escondendo ser contrário ao sacerdócio da mulher, ao matrimónio dos sacerdotes, à homossexualidade e ao uso de preservativos.
Entre 2 e 6 de março de 2001, Joseph Ratzinger esteve em Portugal, mais especificamente no Porto, a convite da Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Na universidade portuense o então cardeal falou sobre a Europa e os seus fundamentos espirituais. Em 2002, chegou a Decano do Colégio Cardinalício, o órgão que escolhe os sucessores de cada papa. A 19 de abril de 2005, Joseph Ratzinger foi eleito pelo conclave cardinalício, no Vaticano, o novo papa, em substituição do falecido João Paulo II. O cardeal alemão, então com 78 anos, escolheu o nome de Bento XVI. O conclave durou dois dias, tendo sido um dos mais rápidos da história do Vaticano.
Na primavera de 1945, com o avanço das tropas aliadas em território alemão, Ratzinger desertou do exército alemão e fugiu para casa, em Traunstein. No entanto, as tropas norte-americanas invadiram a aldeia e fizeram da casa de Ratzinger o quartel-general. Joseph foi identificado como soldado alemão e encarcerado num campo de prisioneiros de guerra, de onde seria libertado a 19 de junho desse ano.
Em novembro, regressou ao seminário e, em 1947, ingressou num instituto de teologia associado à Universidade de Berlim.
A 29 de junho de 1951, Joseph, juntamente com um seu irmão, foi ordenado padre na Catedral de Freising. Dois anos mais tarde, fez o doutoramento em Teologia na Universidade de Berlim. Tornou-se docente de Teologia na Universidade de Bona, tendo mais tarde lecionado em Munster, Tubingen e Regensburg.
Ratzinger chegou a Roma em 1962 como conselheiro do cardeal alemão Joseph Frings no Concílio Vaticano II e, logo nessa altura, se tornou uma figura muito mediática. A sua popularidade aumentou durante o maio de 68, movimento libertário dos estudantes franceses, que Ratzinger condenou, lamentando o marxismo e o ateísmo dos jovens da época. Uns anos mais tarde, em 1972, foi um dos fundadores do jornal de teologia Communio, atualmente um dos mais importantes do pensamento católico. Ratzinger foi nomeado Cardeal de Munique a 25 de junho de 1977 pelo Papa Paulo VI, que também o nomeou arcebispo do Mónaco. Mas foi com João Paulo II que Joseph Ratzinger ganhou mais poderes, quando em 1981 foi nomeado perfeito para a Congregação da Doutrina e da Fé. Esta instituição trata de promover e salvaguardar os ideais da Igreja católica em termos de doutrina e fé e substituiu a Inquisição. Ratzinger notabilizou-se pelas suas posições conservadoras, não escondendo ser contrário ao sacerdócio da mulher, ao matrimónio dos sacerdotes, à homossexualidade e ao uso de preservativos.
Entre 2 e 6 de março de 2001, Joseph Ratzinger esteve em Portugal, mais especificamente no Porto, a convite da Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Na universidade portuense o então cardeal falou sobre a Europa e os seus fundamentos espirituais. Em 2002, chegou a Decano do Colégio Cardinalício, o órgão que escolhe os sucessores de cada papa. A 19 de abril de 2005, Joseph Ratzinger foi eleito pelo conclave cardinalício, no Vaticano, o novo papa, em substituição do falecido João Paulo II. O cardeal alemão, então com 78 anos, escolheu o nome de Bento XVI. O conclave durou dois dias, tendo sido um dos mais rápidos da história do Vaticano.
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O que é o Cristianismo
Nos anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II, a obra Introdução ao Cristianismo deu a conhecer publicamente o jovem teólogo alemão Joseph Ratzinger. No fim da sua vida e na qualidade de Papa Emérito Bento XVI, o autor deixa a todos os homens neste livro as suas últimas reflexões sobre alguns temas fundamentais do Cristianismo. No centro está a misericórdia de Deus, que nasce de um amor apaixonado por cada uma das suas criaturas. Ao serviço de Deus estão os sacerdotes, chamados a manter na sua presença e a serem testemunhas do seu amor. Seguem-se as linhas sobre o diálogo com as outras religiões, com os judeus, com as confissões cristãs e com o mundo. Um diálogo que não pode prescindir dos conteúdos centrais do Credo: a Encarnação do Filho de Deus, a fé na Morte e na Ressurreição de Jesus, a presença eucarística, a comunhão fraterna na Igreja, os temas centrais da moral cristã.
Como expressa o subtítulo desta coletânea, trata-se quase de um testamento espiritual, ditado pela sabedoria do coração de um mestre sempre atentos expetativas e esperanças dos fiéis. Nos anos que passou no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, a presença discreta de Bento XVI e a sua oração foram um apoio importante para a vida da Igreja. Daí observou ele benevolamente a natureza, espelho do amor do Deus criador do Qual viemos e para o Qual nos dirigimos. Daí olhava para o seu país de origem, a Alemanha, para a Itália onde decorreu uma boa parte da sua vida, para a França que o acolheu nos seus estudos, para toda a Europa.
A esses países o Papa Emérito dirige, com voz apaixonada, o seu pedido de que não renunciem herança cristã, que é património precioso para toda a humanidade. Durante a sua vida, Bento XVI nem sempre foi compreendido. Contudo, não há quem possa negar a lucidez do seu pensamento e a força dos seus argumentos. Esta última obra, que ele quis que fosse publicada depois da sua morte, dá disso testemunho de uma forma admirável.
Como expressa o subtítulo desta coletânea, trata-se quase de um testamento espiritual, ditado pela sabedoria do coração de um mestre sempre atentos expetativas e esperanças dos fiéis. Nos anos que passou no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, a presença discreta de Bento XVI e a sua oração foram um apoio importante para a vida da Igreja. Daí observou ele benevolamente a natureza, espelho do amor do Deus criador do Qual viemos e para o Qual nos dirigimos. Daí olhava para o seu país de origem, a Alemanha, para a Itália onde decorreu uma boa parte da sua vida, para a França que o acolheu nos seus estudos, para toda a Europa.
A esses países o Papa Emérito dirige, com voz apaixonada, o seu pedido de que não renunciem herança cristã, que é património precioso para toda a humanidade. Durante a sua vida, Bento XVI nem sempre foi compreendido. Contudo, não há quem possa negar a lucidez do seu pensamento e a força dos seus argumentos. Esta última obra, que ele quis que fosse publicada depois da sua morte, dá disso testemunho de uma forma admirável.
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