José Paulo Santos
Biografia
José Paulo Santos é poeta, professor e formador. Nasceu em Sever do Vouga e vive atualmente na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. Professor de Língua e Cultura Portuguesas e Francesas pela Universidade de Aveiro, lecionou no Ensino Secundário e na Universidade de Lisboa e no Instituto de Línguas de Tunes. Possui várias pós-graduações e iniciou o seu doutoramento na área das Tecnologias Educativas. É à Poesia e à reflexão filosófica que se entrega como forma de terapia e de aperfeiçoamento da escrita e do desenvolvimento cognitivo e emocional. Tal como já escreveu, "eu escrevo e dou poesia / não para mudar o mundo / somente para mudar mundos". Publicou em 2017 o livro de poesia "Aldeias em Mim". Possui vários poemas em Antologias, nomeadamente, na Antologia "Terra, Uma Poética de Nós", que inclui poemas de Mia Couto, Boaventura de Sousa Santos, entre muitos outros. Representou Portugal no Festival International de Poésie de Sidi Bou Said, na Tunísia, em 2018, e está presente no Festival de Poesia de Lisboa, em 2021.
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O Invisível do Voo
«Oferece-nos José Paulo Santos um conjunto de oitenta poemas a que deu o título de O Invisível do Voo.
Publicar é sempre um acto que, por si só, merece um especial cumprimento. Porque quem escreve se expõe, se desnuda, sujeitando-se à natural e desejável apreciação crítica dos leitores, de tal modo que a obra já não é do artífice (apenas), mas sobretudo daqueles a quem ela se destina. É o destino a cumprir-se, pois mesmo quem escreve "para a gaveta" acaba por alimentar, lá no fundo, a expectativa de que alguém leia aquelas palavras, ainda que só quando da existência humana se haja libertado.
(…)
Termino, de modo a cumprir o objectivo simples a que me propus: convidar cada um dos leitores a embarcar nesta aventura que é sempre acompanhar o sujeito poético nas venturas e desventuras do tempo (real e psicológico) que nos tocou viver. E esta é uma aventura da qual saímos sempre enriquecidos e diferentes, ao menos por nos confrontarmos com um diverso olhar. Como defende Heidegger, substância e forma são importantes nas mesmas dimensões em qualquer obra de arte. O filósofo aspirava à perfeição, esquecendo-se que só muito raramente o toque de Midas transforma um de nós num instrumento que perdura séculos, ou melhor, que é atemporal e intemporal.
É no invisível, no que está por detrás do espelho, e no respectivo voo, altaneiro, qual falcão, que José Paulo Santos nos convida a entrar. Fi-lo descomprometido e aspergido por uma espécie de tábua rasa aristotélica. É esse o convite que reforço!»
Praia, agosto de 2021.
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
In Prefácio O Invisível do Voo
Publicar é sempre um acto que, por si só, merece um especial cumprimento. Porque quem escreve se expõe, se desnuda, sujeitando-se à natural e desejável apreciação crítica dos leitores, de tal modo que a obra já não é do artífice (apenas), mas sobretudo daqueles a quem ela se destina. É o destino a cumprir-se, pois mesmo quem escreve "para a gaveta" acaba por alimentar, lá no fundo, a expectativa de que alguém leia aquelas palavras, ainda que só quando da existência humana se haja libertado.
(…)
Termino, de modo a cumprir o objectivo simples a que me propus: convidar cada um dos leitores a embarcar nesta aventura que é sempre acompanhar o sujeito poético nas venturas e desventuras do tempo (real e psicológico) que nos tocou viver. E esta é uma aventura da qual saímos sempre enriquecidos e diferentes, ao menos por nos confrontarmos com um diverso olhar. Como defende Heidegger, substância e forma são importantes nas mesmas dimensões em qualquer obra de arte. O filósofo aspirava à perfeição, esquecendo-se que só muito raramente o toque de Midas transforma um de nós num instrumento que perdura séculos, ou melhor, que é atemporal e intemporal.
É no invisível, no que está por detrás do espelho, e no respectivo voo, altaneiro, qual falcão, que José Paulo Santos nos convida a entrar. Fi-lo descomprometido e aspergido por uma espécie de tábua rasa aristotélica. É esse o convite que reforço!»
Praia, agosto de 2021.
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
In Prefácio O Invisível do Voo