John Ford
Biografia
John Ford (Ilsington, Devon, 1586 — 1640) foi um dramaturgo, poeta e ator inglês, um dos principais e mais originais representantes do chamado teatro isabelino.
Nasceu no povoado de Ilsington (Devonshire) sendo batizado em 17 de abril de 1586 (data segundo o calendário juliano). Pouco se sabe de sua vida até ao seu ingresso no Exeter College de Oxford, em 26 de maio de 1601. Iniciou efetivamente a sua carreira artística ao escrever alguns poemas de tom elegíaco (Fames Memorial - Memorial da Fama - e Honour Triumphant - Honra Triunfante), em 1606 dedicados à morte de Charles Blount, conde de Devon, que fora seu patrocinador durante sua carreira.
Nasceu no povoado de Ilsington (Devonshire) sendo batizado em 17 de abril de 1586 (data segundo o calendário juliano). Pouco se sabe de sua vida até ao seu ingresso no Exeter College de Oxford, em 26 de maio de 1601. Iniciou efetivamente a sua carreira artística ao escrever alguns poemas de tom elegíaco (Fames Memorial - Memorial da Fama - e Honour Triumphant - Honra Triunfante), em 1606 dedicados à morte de Charles Blount, conde de Devon, que fora seu patrocinador durante sua carreira.
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Má Sorte que ela Fosse Puta
Uma bela e sombria tragédia de John Ford — mundo de valores transtornados, com a insolente reivindicação de um incesto indiferente aos códigos sociais e a uma moralidade anulada pela crise espiritual que atingia o seu auge nesse princípio do século XVII britânico.
O dramaturgo John Ford socorreu-se da autoria partilhada. Em 1624 associou-se a Thomas Dekker e William Rowley para escrever The Witch of Edmonton; nesse mesmo ano, e só com Thomas Dekker, também escreveu The Sun’s Darling; e entre as suas seis peças perdidas houve mais duas partilhadas com Dekker, e uma com William Rowley e John Webster.
Má Sorte que Ela Fosse Puta e The Lover’s Melancholy, ambas de 1626, parecem ter sido as suas primeiras peças de autoria solitária; a revelarem-no com uma diferença violadora das regras estabelecidas por Shakespeare e os seus contemporâneos; a despojar, a evitar metáforas e a dar preferência à fala directa; a substituir a serenidade isabelina pelas agressividades da sátira e do cinismo. John Ford não deu à sua posteridade esse prazer da citação, essa colecção de frases e expressões que as peças de Shakespeare emprestam com abundância às exibições da cultura; sonhou e escreveu textos para um teatro que saltou sobre as formas que cumpriam a tradição, com personagens que evitavam a ênfase e a requintada elaboração metafórica para reproduzir o reconhecível discurso dos homens do seu tempo.
Má Sorte… tem no seu centro Annabella, que Antonin Artaud considerou «a imagem do perigo absoluto».
O dramaturgo John Ford socorreu-se da autoria partilhada. Em 1624 associou-se a Thomas Dekker e William Rowley para escrever The Witch of Edmonton; nesse mesmo ano, e só com Thomas Dekker, também escreveu The Sun’s Darling; e entre as suas seis peças perdidas houve mais duas partilhadas com Dekker, e uma com William Rowley e John Webster.
Má Sorte que Ela Fosse Puta e The Lover’s Melancholy, ambas de 1626, parecem ter sido as suas primeiras peças de autoria solitária; a revelarem-no com uma diferença violadora das regras estabelecidas por Shakespeare e os seus contemporâneos; a despojar, a evitar metáforas e a dar preferência à fala directa; a substituir a serenidade isabelina pelas agressividades da sátira e do cinismo. John Ford não deu à sua posteridade esse prazer da citação, essa colecção de frases e expressões que as peças de Shakespeare emprestam com abundância às exibições da cultura; sonhou e escreveu textos para um teatro que saltou sobre as formas que cumpriam a tradição, com personagens que evitavam a ênfase e a requintada elaboração metafórica para reproduzir o reconhecível discurso dos homens do seu tempo.
Má Sorte… tem no seu centro Annabella, que Antonin Artaud considerou «a imagem do perigo absoluto».