João Pedro George
Biografia
João Pedro George nasceu em Moçambique, a 13 de fevereiro de 1972. Doutorado em Sociologia, foi professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e crítico literário n’O Independente. Autor de obras como O Meio Literário Português: Prémios Literários, Escritores e Acontecimentos (2002), Não é Fácil Dizer Bem. Críticas, Obsessões e Outras Ficções (2006), Puta Que os Pariu! A Biografia de Luiz Pacheco (2011), O Que é Um Escritor Maldito? Estudo de Sociologia da Literatura (2013) e Chatear o Camões. Inquérito à Vida Cultural Portuguesa (2021), é atualmente cronista na revista Sábado.
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O Super-Camões
Fernando Pessoa expôs-se heroicamente em tudo o que escreveu. Abriu o seu coração e mostrou mágoas e carências, angústias e frustrações, transitando entre o humor, o lirismo e o olhar racional. Apaixonou-se, sentiu a vertigem do sexo e interessou-se pelas perversões do erotismo e as manifestações do onanismo, da homossexualidade e da androginia.
Incapaz de se levar a sério e de falar demasiado de si próprio na presença dos amigos, andava sempre impecavelmente vestido e era amável e prestável, educado e atrevido, tímido e inteligente, atormentado e divertido (mais do que muitos supõem), autodestrutivo (regado a álcool e a tabaco) e de trato afável.
Contrariamente ao que se poderia crer, não era um escritor de gabinete, isolado na sua torre de marfim, um desses artistas que se recolhem na sombra, rudes, rabugentos e taciturnos.
Homem comprometido com a sua época, com plena confiança na sua criatividade e genialidade, participou na vida cultural e política de Portugal, provocando polémicas e envolvendo-se em escândalos, revelando coragem e convicção nas opiniões pessoais.
Viveu muitas vidas ao mesmo tempo e reinventou-se numa multidão de personagens fictícias, antecipando alguns dos principais motivos da vida moderna: todos escondemos outras pessoas dentro de nós, todos somos fragmentários e vacilantes, marcados por tensões e ambivalências, oscilações e contradições, e a nossa coerência não cessa de se fazer e de se desfazer.
Apesar de ter morrido novo — com 47 anos —, escreveu e trabalhou incansavelmente. Resistiu ao desejo obsessivo de reconhecimento, de publicar só por publicar, e deixou grande parte da sua obra escondida dentro de uma arca, o seu cofre de pirata na ilha do tesouro.
Esta é a primeira biografia de Fernando Pessoa escrita por um português em mais de setenta anos, desde Vida e Obra de Fernando Pessoa — História duma Geração, de João Gaspar Simões, publicada em 1950. Conciliando o rigor intelectual com a clareza de expressão, sem recorrer ao jargão dos estudos literários nem a uma linguagem especializada, O Super-Camões estabelece uma relação de simpatia com a vida de Fernando Pessoa e aproxima a sua obra de todos os leitores e leitoras.
Um livro onde o prazer da escrita e o prazer da leitura encontram o seu denominador comum e ganham uma verdadeira cumplicidade.
Incapaz de se levar a sério e de falar demasiado de si próprio na presença dos amigos, andava sempre impecavelmente vestido e era amável e prestável, educado e atrevido, tímido e inteligente, atormentado e divertido (mais do que muitos supõem), autodestrutivo (regado a álcool e a tabaco) e de trato afável.
Contrariamente ao que se poderia crer, não era um escritor de gabinete, isolado na sua torre de marfim, um desses artistas que se recolhem na sombra, rudes, rabugentos e taciturnos.
Homem comprometido com a sua época, com plena confiança na sua criatividade e genialidade, participou na vida cultural e política de Portugal, provocando polémicas e envolvendo-se em escândalos, revelando coragem e convicção nas opiniões pessoais.
Viveu muitas vidas ao mesmo tempo e reinventou-se numa multidão de personagens fictícias, antecipando alguns dos principais motivos da vida moderna: todos escondemos outras pessoas dentro de nós, todos somos fragmentários e vacilantes, marcados por tensões e ambivalências, oscilações e contradições, e a nossa coerência não cessa de se fazer e de se desfazer.
Apesar de ter morrido novo — com 47 anos —, escreveu e trabalhou incansavelmente. Resistiu ao desejo obsessivo de reconhecimento, de publicar só por publicar, e deixou grande parte da sua obra escondida dentro de uma arca, o seu cofre de pirata na ilha do tesouro.
Esta é a primeira biografia de Fernando Pessoa escrita por um português em mais de setenta anos, desde Vida e Obra de Fernando Pessoa — História duma Geração, de João Gaspar Simões, publicada em 1950. Conciliando o rigor intelectual com a clareza de expressão, sem recorrer ao jargão dos estudos literários nem a uma linguagem especializada, O Super-Camões estabelece uma relação de simpatia com a vida de Fernando Pessoa e aproxima a sua obra de todos os leitores e leitoras.
Um livro onde o prazer da escrita e o prazer da leitura encontram o seu denominador comum e ganham uma verdadeira cumplicidade.
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