João Maria André
Biografia
João Maria André nasceu em 1954 em Monte Real, Leiria. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1979), tendo-se doutorado pela mesma Faculdade com uma dissertação intitulada Sentido, Simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de Cusa. É professor catedrático, ensinando nas áreas de Filosofia e do Teatro. É autor, entre outros livros, de Renascimento e Modernidade: do poder da magia à magia do poder (1987), Sentido simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de Cusa (1997), Pensamento e afectividade (1999), Diálogo intercultural, utopia e mestiçagens em tempos de globalização (2005). Traduziu já para português A visão de Deus (1988), A paz da fé (2002) e A douta ignorância (2003) de Nicolau de Cusa. Além da docência e da investigação, tem desenvolvido também a sua actividade como animador cultural, nomeadamente através da tradução, dramaturgia e encenação na Cooperativa Bonifrates de Coimbra e no Teatro Académico de Gil Vicente, de que foi Director de 2001 a 2005. Em poesia publicou Rostos suspensos e Estilhaços em poemas. Publicou ainda, em teatro, O filho pródigo, em co-autoria com Helder Wasterlain (2008), e Peregrinações. Quadros inspirados em "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto (2010).
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Jogo, Corpo e Teatro
Quando se fala de jogo, de corpo e de teatro, fala-se naturalmente de espaço: o espaço cénico, nas suas infinitas potencialidades, como espaço do jogo teatral.
Mas a articulação entre jogo, corpo e teatro reclama, como categoria fundamental, o tempo.
Nas infinitas potencialidades do espaço, o jogo dos corpos no jogo do teatro é a arte de trabalhar o tempo, no tempo e com o tempo.
Ou, para ser mais fiel à sua riqueza e à sua abertura, de trabalhar os tempos, nos tempos e com os tempos.
Simples ou complexos, fugazes na duração de cada instante ou eternos na plenitude da sua experiência intensa, é nos tempos ou no tempo que se modulam os corpos no teatro e se faz o teatro dos corpos.
Daí que o teatro e a dança sejam as mais efémeras de todas as artes: são artes de fazer amor com o tempo, de o habitar e nele morar num jogo impossível e continuamente recomeçado.
Mas a articulação entre jogo, corpo e teatro reclama, como categoria fundamental, o tempo.
Nas infinitas potencialidades do espaço, o jogo dos corpos no jogo do teatro é a arte de trabalhar o tempo, no tempo e com o tempo.
Ou, para ser mais fiel à sua riqueza e à sua abertura, de trabalhar os tempos, nos tempos e com os tempos.
Simples ou complexos, fugazes na duração de cada instante ou eternos na plenitude da sua experiência intensa, é nos tempos ou no tempo que se modulam os corpos no teatro e se faz o teatro dos corpos.
Daí que o teatro e a dança sejam as mais efémeras de todas as artes: são artes de fazer amor com o tempo, de o habitar e nele morar num jogo impossível e continuamente recomeçado.