João Guimarães Rosa
Biografia
João Guimarães Rosa (1908-1967) nasceu em Cordisburgo, no interior de Minas Gerais. Numa entrevista de 1965, resume assim a sua biografia: «Sim, fui médico, rebelde, soldado. Foram etapas importantes de minha vida, e, a rigor, esta sucessão constitui um paradoxo. Como médico conheci o valor místico do sofrimento; como rebelde, o valor da consciência; como soldado, o valor da proximidade da morte...; e, para que isto não pareça demasiadamente simples, queria acrescentar que também configuram meu mundo a diplomacia, o trato com cavalos, vacas, religiões e idiomas.» Figura decisiva da literatura brasileira do século XX, publicou Sagarana (1946), Corpo de Baile (1956), Grande Sertão: Veredas (1956), Primeiras Estórias (1962) e Tutaméia (1967). Morreu subitamente aos 59 anos, três dias depois de tomar posse na Academia Brasileira de Letras, deixando vários inéditos e um singularíssimo arquivo literário, laboratório do seu trabalho radical sobre a língua literária.
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Miguilim
Miguilim é o menino de oito anos que ocupa o centro da novela «Campo geral», a primeira das sete que compõem o monumental Corpo de baile, publicado por Guimarães Rosa no mesmo ano de Grande Sertão: Veredas (1956). É uma história de crianças, de fraternidade e amizade, de violência e injustiça — história da infância como país ocupado.
alvez a que mais claramente ilustra uma das singulares fantasias da obra de Rosa, a de um mundo de que as crianças tomassem conta sem deixarem de ser crianças. Miguilim, com bravura e sensibilidade, inteligência e sentido de justiça, protagoniza a difícil experiência de crescer e aprender numa escola de dureza.
A impressão que foi deixando nos leitores tem sido tão forte que o nome «Miguilim» se tornou nome da própria história de Miguilim. Prodígio de composição literária e linguagem, Miguilim é também o nome do modo como a literatura de Rosa, sempre na primeira linha dos melhores deles todos, se dispõe contra a brutalidade do mundo.
Inclui uma conversa-posfácio de Abel Barros Baptista e Clara Rowland, os coordenadores da colecção.
alvez a que mais claramente ilustra uma das singulares fantasias da obra de Rosa, a de um mundo de que as crianças tomassem conta sem deixarem de ser crianças. Miguilim, com bravura e sensibilidade, inteligência e sentido de justiça, protagoniza a difícil experiência de crescer e aprender numa escola de dureza.
A impressão que foi deixando nos leitores tem sido tão forte que o nome «Miguilim» se tornou nome da própria história de Miguilim. Prodígio de composição literária e linguagem, Miguilim é também o nome do modo como a literatura de Rosa, sempre na primeira linha dos melhores deles todos, se dispõe contra a brutalidade do mundo.
Inclui uma conversa-posfácio de Abel Barros Baptista e Clara Rowland, os coordenadores da colecção.
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Editora Nova Fronteira