Helena Sofia Silva
Biografia
Helena Sofia Silva é docente e investigadora em design, sediada no Porto. O seu trabalho centra-se atualmente em expressões gráficas de protesto em Portugal, partindo da atividade e do acervo do arquivo ephemera. Desenvolve a sua investigação no âmbito do Programa Doutoral em Design da Universidade de Aveiro/Universidade do Porto, com o apoio da FCT.
Autora de Design Português — 1980/1999 (Verso da História, 2015), colaborou nas monografias dedicadas a João Machado e Francisco Providência (Cardume, 2016). Com este último, partilhou a curadoria da exposição inaugural da Casa do Design, Burilada | artefactos para a sobre-vivência, em 2016. Foi curadora, com José Pacheco Pereira, da exposição de cartazes de protesto O Que Faz Falta É Agitar a Malta (2018), projeto selecionado na categoria Investigacíon y Diseño da BID 18 – Bienal Iberoamericana de Diseño.
Autora de Design Português — 1980/1999 (Verso da História, 2015), colaborou nas monografias dedicadas a João Machado e Francisco Providência (Cardume, 2016). Com este último, partilhou a curadoria da exposição inaugural da Casa do Design, Burilada | artefactos para a sobre-vivência, em 2016. Foi curadora, com José Pacheco Pereira, da exposição de cartazes de protesto O Que Faz Falta É Agitar a Malta (2018), projeto selecionado na categoria Investigacíon y Diseño da BID 18 – Bienal Iberoamericana de Diseño.
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Que Força É Essa
Edição bilingue, em parceria com a exposição homónima, integrada na primeira edição da Porto Design Biennale (PDB’19).
"NÃO HÁ PLANETA B"
"FILHAS DA LUTA"
"NINGUÉM É ILEGAL"
Coleccionados ao longo dos últimos sete anos, os cartazes e objectos integrados neste livro percorreram ruas e avenidas de Portugal em manifestações contra a troika, marchas LGBTI+ e das Mulheres, ou greves internacionais como a Climática Estudantil. São feitos de forma artesanal, com restos de caixas de cartão, pedaços de estore, marcadores, tinta ou colagens, e representam protestos esquerdistas, ecologistas, feministas, laborais e muitos outros. Alguns apareceram nos jornais, outros foram parar ao lixo ou têm erros ortográficos, mas quase todos dizem algo sobre quem os fez e muito sobre o momento e o lugar em que se inscrevem.
Mesmo nesta sua outra vida, estes cartazes de protesto conservados pelo arquivo ephemera representam e celebram o exercício da liberdade e da imaginação do futuro, nem sempre possível noutros tempos e geografias.
«O rastro das manifestações continua a interessar-nos. O arquivo ephemera de há muito que se interessa pelo carácter físico das coisas, pelos objectos, num mundo que crescentemente se deslumbra com o virtual e digital. Os objectos são da dimensão do humano, dos nossos sentidos, transportam uma verdade especial, a da sua materialidade. Sartre, quando quis explicar o que era o existencialismo, usou o exemplo de uma garrafa. Lenine, quando quis gozar com a obra do bispo Berkeley, sugeriu -lhe atravessar uma rua sem olhar para os carros. Por aí adiante.»
José Pacheco Pereira, Prefácio
"NÃO HÁ PLANETA B"
"FILHAS DA LUTA"
"NINGUÉM É ILEGAL"
Coleccionados ao longo dos últimos sete anos, os cartazes e objectos integrados neste livro percorreram ruas e avenidas de Portugal em manifestações contra a troika, marchas LGBTI+ e das Mulheres, ou greves internacionais como a Climática Estudantil. São feitos de forma artesanal, com restos de caixas de cartão, pedaços de estore, marcadores, tinta ou colagens, e representam protestos esquerdistas, ecologistas, feministas, laborais e muitos outros. Alguns apareceram nos jornais, outros foram parar ao lixo ou têm erros ortográficos, mas quase todos dizem algo sobre quem os fez e muito sobre o momento e o lugar em que se inscrevem.
Mesmo nesta sua outra vida, estes cartazes de protesto conservados pelo arquivo ephemera representam e celebram o exercício da liberdade e da imaginação do futuro, nem sempre possível noutros tempos e geografias.
«O rastro das manifestações continua a interessar-nos. O arquivo ephemera de há muito que se interessa pelo carácter físico das coisas, pelos objectos, num mundo que crescentemente se deslumbra com o virtual e digital. Os objectos são da dimensão do humano, dos nossos sentidos, transportam uma verdade especial, a da sua materialidade. Sartre, quando quis explicar o que era o existencialismo, usou o exemplo de uma garrafa. Lenine, quando quis gozar com a obra do bispo Berkeley, sugeriu -lhe atravessar uma rua sem olhar para os carros. Por aí adiante.»
José Pacheco Pereira, Prefácio