Helder Moura Pereira
Biografia
Helder Moura Pereira nasceu em Setúbal, a 7 de janeiro de 1949. Foi professor no Ensino Secundário e Assistente da Faculdade de Letras de Lisboa (Departamento de Estudos Anglo-Americanos). No King's College da Universidade de Londres, como Leitor, ensinou Literatura Portuguesa. Lecionou também Português e Técnicas de Expressão do Português nos cursos de Formação Profissional da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa.
Ingressou no Ministério da Educação em 1986, tendo exercido funções técnicas na área da educação de adultos, nomeadamente em animação de leitura e nos grupos de planeamento e redação da revista "Forma" e do jornal "Viva Voz".
Foi técnico superior do Ministério da Justiça, em funções no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
O seu trabalho poético tem vindo a ser publicado regularmente pela Assírio & Alvim, obtendo o reconhecimento do público e da crítica. É disso exemplo a atribuição de diversos prémios literários, entre eles o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif, este último pela sua tradução do livro "O Inútil da Família", de Jorge Edwards. De resto, a sua atividade como tradutor é também notável e tem traduzido regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia Plath, Charles and Mary Lamb, Sade, Guy Debord.
Foi técnico superior do Ministério da Justiça, em funções no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
O seu trabalho poético tem vindo a ser publicado regularmente pela Assírio & Alvim, obtendo o reconhecimento do público e da crítica. É disso exemplo a atribuição de diversos prémios literários, entre eles o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif, este último pela sua tradução do livro "O Inútil da Família", de Jorge Edwards. De resto, a sua atividade como tradutor é também notável e tem traduzido regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia Plath, Charles and Mary Lamb, Sade, Guy Debord.
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Joaquim Manuel Magalhães, referindo-se a Moura Pereira, afirma: "Devemos agradecer ao quotidiano e à mágoa verbalmente ordenada deste poeta que seja um dos poucos que nos lembram a necessidade de a poesia escapar aos lugares-comuns do tempo." (Os Dois Crepúsculos, 1981).
Mais recentemente (2017), o também poeta e crítico Ricardo Marques, a propósito do livro Golpe de Teatro, com que Moura Pereira ganhou o Grande Prémio APE de Poesia 2017, destaca algumas marcas da poesia de HMP "A desconstrução e uma certa dissonância são a sua força maior. Conhecedor d’O Fazer da Poesia — título de Ted Hughes que (…) traduziu para a Relógio d’Água em 2002 —, Moura Pereira recorre a estratégias discursivas que vão do conversation poem ao stream of consciousness, pressupostos poético-estilísticos ingleses de uma modernidade romântica e modernista, respectivamente, mas fundidas num só neste original poeta português. É também assim que cada poema tem teatro dentro, encenado para fora e por dentro de nós, para dentro de nós."
(…) "É que Helder Moura Pereira é um poeta que usa as coisas do concreto para as tornar abstractas na poesia, promulgando uma arte poética muito sua, reconhecível numa qualquer prova-cega. Por outro lado, o metapoema ou o poema sobre o fingimento que é escrever fazem aqui e ali algumas tímidas aparições. o autor não nos deixa esquecer que estamos perante um livro de versos. e é disso que nos fala então este fingimento — do fingimento retórico no caso pessoano, lírico no caso camoniano — (…)"
Mais recentemente (2017), o também poeta e crítico Ricardo Marques, a propósito do livro Golpe de Teatro, com que Moura Pereira ganhou o Grande Prémio APE de Poesia 2017, destaca algumas marcas da poesia de HMP "A desconstrução e uma certa dissonância são a sua força maior. Conhecedor d’O Fazer da Poesia — título de Ted Hughes que (…) traduziu para a Relógio d’Água em 2002 —, Moura Pereira recorre a estratégias discursivas que vão do conversation poem ao stream of consciousness, pressupostos poético-estilísticos ingleses de uma modernidade romântica e modernista, respectivamente, mas fundidas num só neste original poeta português. É também assim que cada poema tem teatro dentro, encenado para fora e por dentro de nós, para dentro de nós."
(…) "É que Helder Moura Pereira é um poeta que usa as coisas do concreto para as tornar abstractas na poesia, promulgando uma arte poética muito sua, reconhecível numa qualquer prova-cega. Por outro lado, o metapoema ou o poema sobre o fingimento que é escrever fazem aqui e ali algumas tímidas aparições. o autor não nos deixa esquecer que estamos perante um livro de versos. e é disso que nos fala então este fingimento — do fingimento retórico no caso pessoano, lírico no caso camoniano — (…)"
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