Frédéric Gros
Biografia
Frédéric Gros, nascido em 1965, é um influente e mediático pensador francês, professor de Filosofia na Universidade de Paris X e curador da obra de Michel Foucault na Pléiade. Em artigos, ensaios e romances, além de numerosos estudos filosóficos, escreveu sobre direito, política, psiquiatria ou a guerra. Marcher, une philosophie (2008), manifesto cristalino que propõe um vínculo entre o ato de pensar e o de caminhar (seguindo o exemplo das caminhadas de Thoreau, divagações intempestivas de Rimbaud, jornadas montanhesas de Nietzsche ou excursões citadinas de Kant), revelou-se um best-seller inesperado. Com Desobedecer (2017), obra que convoca a coragem e a consciência dos indivíduos para a insubmissão, Frédéric Gros converteu-se numa inspiração de protestos e movimentos contestatários na Europa e numa das referências contemporâneas da apologia da transgressão.
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Desobedecer
«A desobediência, face à absurdez, à irracionalidade do mundo como se acha, é uma evidência. Porquê desobedecer? Basta abrir os olhos.»
Frédéric Gros procura nestas páginas dar resposta a uma outra pergunta: se é «tão fácil concordar-se acerca da desesperança da actual ordem do mundo», por que razão é tão difícil desobedecer-lhe?
Numa minuciosa reflexão filosófica que vai de A Desobediência Civil de Thoreau ao Discurso sobre a Servidão Voluntária de La Boétie, passando pelo julgamento de Eichmann segundo Arendt ou por Jesus Cristo em Dostoievski, Desobedecer (2017) desenterra as raízes da obediência política e do respeito pela autoridade, pondo em causa certezas adquiridas, convicções morais e convenções sociais - e leva-nos a revalorizar a responsabilidade política.
Quando o consentimento democrático não se distingue da submissão a injustiças, Desobedecer é um apelo à resistência ética, à força colectiva que nasce, antes de tudo, na consciência de cada um de nós.
Frédéric Gros procura nestas páginas dar resposta a uma outra pergunta: se é «tão fácil concordar-se acerca da desesperança da actual ordem do mundo», por que razão é tão difícil desobedecer-lhe?
Numa minuciosa reflexão filosófica que vai de A Desobediência Civil de Thoreau ao Discurso sobre a Servidão Voluntária de La Boétie, passando pelo julgamento de Eichmann segundo Arendt ou por Jesus Cristo em Dostoievski, Desobedecer (2017) desenterra as raízes da obediência política e do respeito pela autoridade, pondo em causa certezas adquiridas, convicções morais e convenções sociais - e leva-nos a revalorizar a responsabilidade política.
Quando o consentimento democrático não se distingue da submissão a injustiças, Desobedecer é um apelo à resistência ética, à força colectiva que nasce, antes de tudo, na consciência de cada um de nós.