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Notei ao passar que tinham mudado os painéis de ferro da praça de Londres para colar o retrato do novo homem forte, um facto que se regista sem comoção, ao virar da esquina, antes de voltar a pôr os olhos no chão, à procura do ponto por onde começar a escavar, da entrada por onde seguir abaixo do chão, tudo menos à superfície, a questão é já só habitar as profundezas da terra ou a montanha mais alta, o meio termo é que não, à superfície é que já não dá, à superfície é sempre possível, no virar da esquina, uma enxurrada de lama, um mau presságio, um retorno às contas velhas, é sempre possível sentir o regresso das coisas tal como a parede sente o prego, isto é, no peito.
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