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O Fazedor de Brinquedos
Agostinho Cabrela filho de uma pobre família de pescadores, nasceu na Vila da Póvoa de Varzim a meio do século passado.
O mais que tivera em menino, para brincar, foi um tosco baloiço, uma corda amarrada ao tronco alto de uma figueira nascida no quintal de seus pais, correr descalço pelas ruas empedradas a empurrar o aro nu de uma velha bicicleta com uma gancheta de arame na mão, jogar ao pião que o pai lhe comprara na feira de Vila do Conde, e passear pelos campos adentro a tentar acertar na passarada com a fisga que ele próprio fizera com um ramo bifurcado de uma oliveira e uns elásticos de uma câmara de ar de uma bicicleta acabada. Pouco mais.
Desde menino sonhava ter um cavalinho de madeira igual ao do embirrento filho do doutor Silvério que todos os anos, no verão, alugava a casa que ficava em frente à de seus pais.
Foi à escola e chegou à quarta classe. Deixou a escola porque começou a fazer falta na emenda das redes de pesca, e no trato da bicharada e do quintal lá de casa, substituindo a mãe que tinha pouco tempo por fazer malha para fora.
O mais que tivera em menino, para brincar, foi um tosco baloiço, uma corda amarrada ao tronco alto de uma figueira nascida no quintal de seus pais, correr descalço pelas ruas empedradas a empurrar o aro nu de uma velha bicicleta com uma gancheta de arame na mão, jogar ao pião que o pai lhe comprara na feira de Vila do Conde, e passear pelos campos adentro a tentar acertar na passarada com a fisga que ele próprio fizera com um ramo bifurcado de uma oliveira e uns elásticos de uma câmara de ar de uma bicicleta acabada. Pouco mais.
Desde menino sonhava ter um cavalinho de madeira igual ao do embirrento filho do doutor Silvério que todos os anos, no verão, alugava a casa que ficava em frente à de seus pais.
Foi à escola e chegou à quarta classe. Deixou a escola porque começou a fazer falta na emenda das redes de pesca, e no trato da bicharada e do quintal lá de casa, substituindo a mãe que tinha pouco tempo por fazer malha para fora.