Elie Wiesel
Biografia
Elie Wiesel (1928, Roménia – 2016, Nova Iorque), escritor judeu sobrevivente dos campos de concentração nazis, dedicou a sua obra às memórias do Holocausto e à defesa de outras vítimas de perseguição. Prémio Nobel da Paz em 1986 pelo «trabalho em defesa da paz, da redenção e da dignidade humana», é autor de uma extensa obra, que abarca ficção, poesia e ensaio, e que se encontra traduzida em diversas línguas.
Entre os seus livros mais conhecidos contam-se Testamento de Um Poeta Judeu Assassinado e Noite, que vendeu até hoje mais de seis milhões de exemplares. Wiesel fez parte do Conselho do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, tendo tido um papel importante na criação do Museu do Memorial do Holocausto em Washington.
Foi professor nas universidades de Columbia, City University de Nova Iorque, Yale e Boston, onde ensinou Estudos Judaicos e Humanidades e Pensamento Social. Ao longo dos anos recebeu inúmeras distinções, entre as quais a Medalha Presidencial da Liberdade (EUA), a Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos da América, a Grã-Cruz da Legião de Honra francesa, o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, o colar de Grande Oficial da Ordem da Estrela da Roménia e o Prémio da Academia Americana de Artes e Letras.
Entre os seus livros mais conhecidos contam-se Testamento de Um Poeta Judeu Assassinado e Noite, que vendeu até hoje mais de seis milhões de exemplares. Wiesel fez parte do Conselho do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, tendo tido um papel importante na criação do Museu do Memorial do Holocausto em Washington.
Foi professor nas universidades de Columbia, City University de Nova Iorque, Yale e Boston, onde ensinou Estudos Judaicos e Humanidades e Pensamento Social. Ao longo dos anos recebeu inúmeras distinções, entre as quais a Medalha Presidencial da Liberdade (EUA), a Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos da América, a Grã-Cruz da Legião de Honra francesa, o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, o colar de Grande Oficial da Ordem da Estrela da Roménia e o Prémio da Academia Americana de Artes e Letras.
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O Testamento de um Poeta Judeu Assassinado
Um obscuro poeta, judeu e comunista, é detido em Krasnograd, na União Soviética, e acusado de se haver transformado num inimigo do povo.
O magistrado que o interroga, desejoso de obter a confissão que o poder não cessa de lhe exigir, propõe-lhe que redija as suas memórias e delas faça o livro da sua vida.
Paltiel Gershonovitch Kossover escreverá pois, na sua cela, ao longo dos intermináveis cadernos que para o efeito as autoridades lhe facultam, um testamento destinado ao filho que jamais voltará a ver. É um texto desprovido de esperança, uma pungente descrição das ilusões do século, que se supõe será destruído após a execução do seu autor.
Contudo, por uma dessas ironias que a ficção, tal como a vida, sempre se podem reservar, essa negra crónica dos anos de ferro acabará por chegar às mãos do verdadeiro destinatário, piedosamente conservada e transmitida por aquele que foi o último interlocutor do poeta e o seu secreto e monstruoso amigo, o estenógrafo da cadeia, Viktor Zupanev.
Assim, o que nestas páginas se desenrola perante o olhar do leitor é a história de um sonho tresloucado, que as circunstâncias votavam ao esquecimento, e que apenas o riso, talvez, transfigurará.
O magistrado que o interroga, desejoso de obter a confissão que o poder não cessa de lhe exigir, propõe-lhe que redija as suas memórias e delas faça o livro da sua vida.
Paltiel Gershonovitch Kossover escreverá pois, na sua cela, ao longo dos intermináveis cadernos que para o efeito as autoridades lhe facultam, um testamento destinado ao filho que jamais voltará a ver. É um texto desprovido de esperança, uma pungente descrição das ilusões do século, que se supõe será destruído após a execução do seu autor.
Contudo, por uma dessas ironias que a ficção, tal como a vida, sempre se podem reservar, essa negra crónica dos anos de ferro acabará por chegar às mãos do verdadeiro destinatário, piedosamente conservada e transmitida por aquele que foi o último interlocutor do poeta e o seu secreto e monstruoso amigo, o estenógrafo da cadeia, Viktor Zupanev.
Assim, o que nestas páginas se desenrola perante o olhar do leitor é a história de um sonho tresloucado, que as circunstâncias votavam ao esquecimento, e que apenas o riso, talvez, transfigurará.