Dorothy Wordsworth
Biografia
Dorothy "Dora" Wordsworth nasceu em 1804, filha do poeta William Wordsworth e de Mary Hutchinson. Inspirado na sua infância, o pai dedicou-lhe o poema Address to My Infant Daughter; e é também a ela que se refere em The Triad. Em 1843, com 39 anos, Dora Wordsworth fez o impensável e casou-se, contra a vontade do pai, com o vizinho Edward Quillinan – um oficial britânico retirado, também ele poeta, que viria a traduzir para inglês grande parte de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões e da História de Portugal de Alexandre Herculano. Antes de se casar, Dora Wordsworth teve relações românticas com outros homens e mulheres. Aos 40 anos, e em parte por sofrer de tuberculose, rumou a Portugal (e ao Sul de Espanha), por onde viajou durante cerca de um ano. Deixou para a posteridade o relato dessa viagem neste livro até agora inédito em português. Um ano depois de regressar da Península Ibérica, morreu em Inglaterra.
partilhar
Em destaque VER +
Diário de uma Viagem a Portugal e ao Sul de Espanha
"As portuguesas tricotam de forma magnífica e com grande rapidez; e nós, inglesas, poderíamos receber delas umas lições", observa fascinada Dorothy Wordsworth Quillinan. Filha do poeta William Wordsworth, a autora tinha 39 anos quando casou contra a vontade do pai, com Edward Quillinan, um oficial britânico, nascido em Portugal, que traduzia para inglês os poetas portugueses.
No dia 7 de Maio de 1845, partem de Southampton, no vapor Queen, rumo ao Porto. O diário dessa viagem é um documento único sobre o Portugal de mil e oitocentos. O poder de observação da autora, o seu sentido de humor e as comparações com o mundo de onde veio conferem à narrativa uma memorável perspetiva sociológica.
Os portugueses são vistos com inegável ternura, mas o relato é equilibrado no elogio e na crítica, particularmente feroz quando se dirige às nossas elites.
A autora percorre grande parte do Norte e Centro, de Guimarães a Valença, de Castro Daire a Viseu, navega ao longo do Douro e do Lima, visita igrejas e monumentos, florestas e vinhas, até acabar, deslumbrada, em Cintra e Collares. Espanta-se com o trabalho de madeira, fica horrorizada com as estradas portuguesas, apaixona-se pela fauna e flora, intriga-se com a gastronomia. Cita poetas, de Camões a Gil Vicente, evoca escritores britânicos como Lorde Byron.
Uma obra que resiste à passagem do tempo: nesse Portugal e nos portugueses que ela retrata reconhecemo-nos hoje prontamente.
No dia 7 de Maio de 1845, partem de Southampton, no vapor Queen, rumo ao Porto. O diário dessa viagem é um documento único sobre o Portugal de mil e oitocentos. O poder de observação da autora, o seu sentido de humor e as comparações com o mundo de onde veio conferem à narrativa uma memorável perspetiva sociológica.
Os portugueses são vistos com inegável ternura, mas o relato é equilibrado no elogio e na crítica, particularmente feroz quando se dirige às nossas elites.
A autora percorre grande parte do Norte e Centro, de Guimarães a Valença, de Castro Daire a Viseu, navega ao longo do Douro e do Lima, visita igrejas e monumentos, florestas e vinhas, até acabar, deslumbrada, em Cintra e Collares. Espanta-se com o trabalho de madeira, fica horrorizada com as estradas portuguesas, apaixona-se pela fauna e flora, intriga-se com a gastronomia. Cita poetas, de Camões a Gil Vicente, evoca escritores britânicos como Lorde Byron.
Uma obra que resiste à passagem do tempo: nesse Portugal e nos portugueses que ela retrata reconhecemo-nos hoje prontamente.
bibliografia
- formato
- Livro
- eBook
- Audiolivros
portes grátis
10% Cartão Leitor Bertrand
16,90€
Edições Asa