O Infinito num Junco
de Irene Vallejo
Grátis
Sobre o livro
A Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.
Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.
É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.
Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.
Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir - contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.
É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.
Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo, La Vanguardia e The New York Times (Espanha).
Mario Vargas Llosa
«Uma homenagem ao livro, de uma leitora apaixonada.»
Alberto Manguel
«É uma felicidade ler a prosa de Irene Vallejo, ela é uma criadora brilhante e sensível.»
Luis Landero
«Uma exploração admirável sobre as origens da maior ferramenta da liberdade alguma vez dado ao ser humano: o livro.»
Rafael Argullol
«Um livro muito original: sobre a história dos livros, o alfabeto, as bibliotecas… narrado com erudição e envolvência, sentido de humor e elegância, faz paralelos com o presente.»
Laura Freixas
«Amigos leitores: corram a ler O Infinito num Junco.»
Maruja Torres
Juan José Millás, El País
«Vallejo decidiu, sabiamente, libertar-se do estilo académico e optou pela voz do contista, a História entendida não como lista de documentos citados mas como fábula. Para o leitor comum e ávido (de que Virginia Woolf falava) este ensaio encantador torna-se mais comovente e mais cativante por se assumir como uma homenagem ao livro, por parte de uma leitora apaixonada.»
Alberto Manguel, Babelia, El País
«Irene Vallejo criou um livro genial, universal e único.»
Jordi Carrión, The New York Times (ES)
«É possível ser-se um filólogo de exceção e escrever como os anjos. Irene Vallejo enlaça-nos nas suas palavras e transforma o diálogo com o leitor num verdadeiro festival literário.»
Luis Alberto de Cuenca, ABC
Comentários
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Um livro sobre livros
A história da literatura e dos livros, desde da sua invenção, passando pela sua evolução ao longo dos séculos, até aos dias de hoje. O que significaram ao longo da história da humanidade.
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Um Infinito Prazer
Fascinante! Um incrível prazer de leitura
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Uma declaração de amor aos livros
Parecia-me-me extraordinariamente arrojado escrever sobre a invenção do livro na antiguidade, mas é fascinante ver como a autora consegue fazê-lo como se nos contasse uma história que vai interrompendo e misturando com histórias pessoais e excertos de livros de autores atuais. O Infinito num junco começa, no prólogo, com grupos de homens a cavalo a percorrer os caminhos da Grécia, o que causa desconfiança e medo nos camponeses, mas o que estes cavaleiros procuram são livros - todos os livros do mundo - para a grande Biblioteca de Alexandria. O livro divide-se em duas partes: A Grécia imagina o futuro e Os caminhos de Roma. Mas não se fica pela antiguidade. A sensação que tive enquanto ia lendo era que Irene Vallejo tinha colecionado histórias, recolhido frases, guardado pequenas curiosidades sobre o livro e que as ia encaixando na história como pequenas peças de puzzle. Assim, passamos de Platão a Orwell ou de Heródoto a Coetzee ou ainda de Hipárquia de Maroneia (da escola dos cínicos da Grécia Antiga, que viveu no século III a.C.) a Sophia de Mello Breyner Andresen, evidenciando uma continuidade, apesar dos séculos que os separam, que é assegurada pelos livros, pelos autores, mas também pelos leitores. No meio ainda junta a sua experiência pessoal, como filha, como mãe e também como estudante (e até como vítima de bullying). E a história dos livros envolve a história do material no qual são escritos, das letras, das línguas, dos títulos, das bibliotecas, das livrarias, dos autores e até da sua comercialização. Mas também da censura a que foram sujeitos e da sua cíclica destruição
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Irene Vallejo leva-nos numa viagem pela história dos livros e da leitura ao longo dos séculos. Através de episódios fascinantes, Vallejo mostra ao leitor como os livros moldaram a humanidade e como estes nos continuam a influenciar até aos dias de hoje. É uma obra que celebra o poder transformador da leitura e que nos convida a mergulhar no mundo encantador dos livros.
Será um livro de viagens? De aventuras? De memórias? De História? Um ensaio? Talvez um pouco de cada e com um protagonista muito especial - o LIVRO!! Nesta deliciosa mescla de géneros viajei pela história do livro, pelo mundo da leitura e da literatura. Participei em alguns dos momentos mais importantes da vida da autora, visitei bibliotecas e aprendi muito! (um conselho: tirar notas das referências literárias para leituras futuras - tenho feito boas descobertas)