Daniel Cardoso
Biografia
Daniel Cardoso é professor auxiliar na Universidade Autónoma de Lisboa e investigador do Observare – Observatório das Relações Externas, Portugal. Os seus interesses de investigação incluem a crise da zona euro, políticas públicas, políticas externas e a interseção das políticas nacionais e internacionais.
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Negociar na Adversidade
Na última década, cinco governos da zona euro em dificuldades económicas receberam financiamento internacional, aceitando como condição a implementação de políticas especificadas nos Memorandos de Entendimento. Como decorreram as negociações neste contexto? Que margem de manobra tiveram os governos destes países? Após o período de condicionalidade, os governos mostraram interesse em reverter as políticas que lhes foram impostas? E foram capazes de o fazer?
Este livro explora as restrições impostas aos executivos nacionais dos países resgatados da zona euro durante e depois da crise, de 2008 a 2019. Os autores argumentam que, apesar da pressão do mercado internacional e da condicionalidade imposta pelos credores, os governos dispuseram de alguma margem de manobra durante os resgates e foram capazes de defender, resistir, moldar ou reverter algumas das políticas exigidas pelos atores externos.
Em determinadas circunstâncias, os executivos nacionais conseguiram também explorar o constrangimento da condicionalidade para adotar políticas que, apesar de serem consideradas necessárias, não tinham sido concretizadas anteriormente devido a resistências internas.
Negociar na Adversidade fornece uma perspetiva importante sobre os fatores que estão na base do poder de negociação, sobre a importância da credibilidade em processos de negociação internacional e sobre os limites da condicionalidade. As conclusões do livro poderão ser um contributo na concessão de empréstimos internacionais e europeus em futuras crises.
Este livro explora as restrições impostas aos executivos nacionais dos países resgatados da zona euro durante e depois da crise, de 2008 a 2019. Os autores argumentam que, apesar da pressão do mercado internacional e da condicionalidade imposta pelos credores, os governos dispuseram de alguma margem de manobra durante os resgates e foram capazes de defender, resistir, moldar ou reverter algumas das políticas exigidas pelos atores externos.
Em determinadas circunstâncias, os executivos nacionais conseguiram também explorar o constrangimento da condicionalidade para adotar políticas que, apesar de serem consideradas necessárias, não tinham sido concretizadas anteriormente devido a resistências internas.
Negociar na Adversidade fornece uma perspetiva importante sobre os fatores que estão na base do poder de negociação, sobre a importância da credibilidade em processos de negociação internacional e sobre os limites da condicionalidade. As conclusões do livro poderão ser um contributo na concessão de empréstimos internacionais e europeus em futuras crises.