António Xavier
Biografia
António Xavier, engenheiro de formação (IST), dedicou-se desde muito cedo ao cinema não profissional sendo autor e coautor de vários filmes em Super 8. Foi Presidente da Direção do Clube Micro Cine, já inexistente, e da Federação Portuguesa de Cinema e Audiovisuais, tendo sido também membro de júris de festivais de cinema. Trabalhou na área da cultura, desde 1974, na Direção-Geral da Cultura Popular e Espetáculos, organismo do qual foi subdiretor-geral e Diretor-Geral, embora o nome variasse de "Direção Geral dos Espetáculos e do Direito de Autor" até "... dos Espetáculos e das Artes", onde foi responsável, na área da gestão, pela criação das Orquestra Sinfónica Portuguesa e da Orquestra Clássica do Porto. Foi ainda Presidente do Instituto das Artes Cénicas com tutela da gestão dos Teatros Nacionais D. Maria II e de S. João, no Porto e, mais tarde, administrador da Fundação S. Carlos com o pelouro da Orquestra Sinfónica Portuguesa. De 1998 a 2011 foi Presidente da Comissão de Classificação de Espetáculos e, a nível internacional, Chairman do PEGI Council, organismo europeu de classificação etária de jogos de computador, função que exerce atualmente. Em 2003 publicou, em edição Almedina, As Leis dos Espetáculos e Direitos Autorais - Do Teatro à Internet e, em 2014, De Bogotá a Budapeste, crónicas de viagem com edição Versbrava.
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Histórias do Palácio Foz
Palácio Foz, magnífico edifício na praça dos Restauradores, em Lisboa. A seu lado , o Éden, primitivamente um teatro, "art-noveau", hoje um hotel. Que coisas e pessoas por ali terão passado e o que lá terá acontecido durante quase dois séculos? Residência de marqueses e condes, local de festas sumptuosas, transforma-se, no início do séc. XX, num centro comercial com lojas junto à rua, um restaurante maçónico na cave, um cinema, um teatro e até uma pensão; os salões nobres foram utilizados pela legação dos Estados Unidos da América, pela sede do Sporting Club de Portugal e por dois clubs noturnos, o Club Ritz e o Maxim’s, coqueluche da classe endinheirada. O Eden, sempre umbilicalmente ligado ao Palácio, viria a ser construído no terreno do jardim e das cavalariças.
Mais tarde, com o Estado Novo, o Palácio é a sede da propaganda e da censura. Proíbem-se livros, cortam-se notícias e são banidos ou esquartejados peças de teatro e filmes. Paradoxalmente, lá se instituiu uma cinemateca para preservar filmes e divulgar a arte cinematográfica. Após a revolução de 25 de Abril de 1974, pelo palácio passam várias fações de militares em luta pelo controlo da comunicação social e os agentes culturais lá encontram também o local ideal para tentar impor os seus pontos de vista.
De todos esses acontecimentos e dos seus protagonistas o livro tenta escrever história contando histórias, com o devido enquadramento político e temporal.
Mais tarde, com o Estado Novo, o Palácio é a sede da propaganda e da censura. Proíbem-se livros, cortam-se notícias e são banidos ou esquartejados peças de teatro e filmes. Paradoxalmente, lá se instituiu uma cinemateca para preservar filmes e divulgar a arte cinematográfica. Após a revolução de 25 de Abril de 1974, pelo palácio passam várias fações de militares em luta pelo controlo da comunicação social e os agentes culturais lá encontram também o local ideal para tentar impor os seus pontos de vista.
De todos esses acontecimentos e dos seus protagonistas o livro tenta escrever história contando histórias, com o devido enquadramento político e temporal.