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Categorias da Interpretação
«Uma longa tradição com origem no século I a. C. colocou as Categorias e o tratado da Interpretação, no início do Organon, como as duas primeiras obras de leitura obrigatória para qualquer estudante de filosofia. Serviam assim de preparação para o estudo da silogística, isto é, da parte central da lógica. Durante cerca de seiscentos anos, as Categorias, em particular, exerceram um enorme fascínio sobre os filósofos das várias escolas — estoicos, platónicos, peripatéticos — e foram objeto de intensos e prolongados debates.
Mas o interesse por estas obras sobreviveu ao fim do mundo antigo. Um famoso regulamento da Universidade de Paris de 1252 exigia que todo o estudante da faculdade de artes assistisse a pelo menos três lições sobre as Categorias e o tratado da Interpretação. Um tal lugar de honra fez destas, muito provavelmente, as obras mais lidas, traduzidas, comentadas e influentes de toda a história da filosofia. No seu conjunto, as Categorias e o da Interpretação são hoje valorizadas, não pela função pedagógica que a tradição lhes atribuiu, mas pela riqueza filosófica do seu conteúdo, pelo interesse intrínseco dos temas e dos problemas nelas abordados, sejam eles de metafísica, de lógica ou de filosofia da linguagem.»
Mas o interesse por estas obras sobreviveu ao fim do mundo antigo. Um famoso regulamento da Universidade de Paris de 1252 exigia que todo o estudante da faculdade de artes assistisse a pelo menos três lições sobre as Categorias e o tratado da Interpretação. Um tal lugar de honra fez destas, muito provavelmente, as obras mais lidas, traduzidas, comentadas e influentes de toda a história da filosofia. No seu conjunto, as Categorias e o da Interpretação são hoje valorizadas, não pela função pedagógica que a tradição lhes atribuiu, mas pela riqueza filosófica do seu conteúdo, pelo interesse intrínseco dos temas e dos problemas nelas abordados, sejam eles de metafísica, de lógica ou de filosofia da linguagem.»