Annemarie Schwarzenbach
Biografia
Annemarie Schwarzenbach nasceu em Zurique, em 1908, numa família próspera e aristocrática. Cresceu numa propriedade rural, regularmente visitada pela elite cultural da época. Estudou História na Sorbonne. Viveu em Berlim, cidade das artes de vanguarda, e foi aqui que se envolveu com o mundo artístico da literatura, do cinema e da música. Foi também em Berlim que encontrou espaço para exprimir a sua identidade homossexual.
Ativamente empenhada contra o nazismo, concebeu uma revista anti-fascista, dirigida por Klaus Mann, para a qual contribuíram alguns dos mais brilhantes pensadores e escritores da época: Hemingway, Einstein, Brecht, Cocteau.
Foi depois deste período que Schwarzenbach se lançou às grandes viagens de muitos meses, nomeadamente ao Médio Oriente, em expedições arqueológicas: Turquia, Damasco, Jerusalém, Bagdade, Teerão. Em 1935, após uma desintoxicação de morfina e de uma tentativa de suicídio, casou-se com um diplomata francês. Entre 1936 e 1937 viajou pelos Estados Unidos, país ainda imerso na Grande Depressão, onde fez várias reportagens fotográficas. Travou conhecimento com Carson McCullers, que viria a dedicar-lhe um romance. Voltaria de novo ao Oriente: Afeganistão, Índia. Passou por Lisboa, onde conheceu António Ferro.
Ao longo de todos estes anos publicou diversos livros e artigos, sempre na iminência de escrever a sua grande obra. Fez uma última grande viagem ao Congo belga, antes de morrer tragicamente, com 34 anos, em consequência de uma queda de bicicleta.
Ativamente empenhada contra o nazismo, concebeu uma revista anti-fascista, dirigida por Klaus Mann, para a qual contribuíram alguns dos mais brilhantes pensadores e escritores da época: Hemingway, Einstein, Brecht, Cocteau.
Foi depois deste período que Schwarzenbach se lançou às grandes viagens de muitos meses, nomeadamente ao Médio Oriente, em expedições arqueológicas: Turquia, Damasco, Jerusalém, Bagdade, Teerão. Em 1935, após uma desintoxicação de morfina e de uma tentativa de suicídio, casou-se com um diplomata francês. Entre 1936 e 1937 viajou pelos Estados Unidos, país ainda imerso na Grande Depressão, onde fez várias reportagens fotográficas. Travou conhecimento com Carson McCullers, que viria a dedicar-lhe um romance. Voltaria de novo ao Oriente: Afeganistão, Índia. Passou por Lisboa, onde conheceu António Ferro.
Ao longo de todos estes anos publicou diversos livros e artigos, sempre na iminência de escrever a sua grande obra. Fez uma última grande viagem ao Congo belga, antes de morrer tragicamente, com 34 anos, em consequência de uma queda de bicicleta.
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Escritos Africanos
«Em África, mais concretamente no Congo Belga, Schwarzenbach será recebida de um modo inesperado. […]
Desiludida com o facto de não conseguir ter uma atividade antifascista, nem na rádio, nem na Cruz Vermelha, resolve abandonar a cidade e subir o rio Congo, em junho de 1941, escrevendo alguns artigos com ecos evidentes de Heart of Darkness, de Joseph Conrad. Refere também a vida de colonos europeus, sobretudo os suíços, que trabalhavam no interior, como a família Vivien, em Molanda, a vida ao longo do rio e os destinos dos europeus que aí assentaram arraiais. Daqui partiu em longas excursões de cerca de 2000 quilómetros com a Sra. Vivien até às montanhas de Ruwenzori. Está satisfeita com esta calma, longe do rebuliço das cidades, da guerra, sem compromissos políticos, sem ter de se preocupar com as autoridades belgas ou francesas no Congo.»
[Do Prefácio de Gonçalo Vilas-Boas]
[Do Prefácio de Gonçalo Vilas-Boas]