Anne Applebaum
Biografia
Anne Applebaum é historiadora e jornalista. Escreve sobre a Europa Oriental e a Rússia desde 1989, quando cobriu o colapso do comunismo na Polónia para a revista The Economist. Foi colunista do The Washington Post e editora-adjunta da revista The Spectator. É redatora da revista The Atlantic e senior fellow no Agora Institute da Universidade Johns Hopkins.
É autora de vários livros publicados pela Bertrand Editora, incluindo Gulag: Uma História, que ganhou o Prémio Pulitzer de não-ficção em 2004; A Cortina de Ferro, sobre a sovietização da Europa Oriental após a Segunda Guerra Mundial, distinguido com o Prémio Cundhill de Literatura Histórica de 2013; e Fome Vermelha, sobre a fome ucraniana de 1932-33, que fornece o pano de fundo para o conflito russo-ucraniano. Em 2020, publicou O Crepúsculo da Democracia, que analisava o carácter apelativo da autocracia para os intelectuais e políticos ocidentais.
É autora de vários livros publicados pela Bertrand Editora, incluindo Gulag: Uma História, que ganhou o Prémio Pulitzer de não-ficção em 2004; A Cortina de Ferro, sobre a sovietização da Europa Oriental após a Segunda Guerra Mundial, distinguido com o Prémio Cundhill de Literatura Histórica de 2013; e Fome Vermelha, sobre a fome ucraniana de 1932-33, que fornece o pano de fundo para o conflito russo-ucraniano. Em 2020, publicou O Crepúsculo da Democracia, que analisava o carácter apelativo da autocracia para os intelectuais e políticos ocidentais.
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Autocracia, Inc.
Todos temos em mente uma noção de como é um Estado autocrático: há um líder todo-poderoso no topo e esse líder controla a polícia. A polícia ameaça as pessoas com o uso de violência. E inclui colaboradores malignos e talvez alguns dissidentes corajosos.
Mas, no século xxi, a realidade já não é essa. Hoje em dia, as autocracias não são sustentadas por um ditador, mas por redes sofisticadas compostas por estruturas financeiras cleptocráticas, tecnologias de vigilância e propagandistas profissionais, que operam em vários regimes, desde a China à Rússia ou ao Irão. As empresas corruptas de um país fazem negócios com as empresas corruptas de outro. A polícia de um país pode treinar a polícia de outro e fornecer-lhe armamento. Os propagandistas partilham recursos e temas, transmitindo as mesmas mensagens sobre a fraqueza da democracia e os males da América.
A condenação internacional e as sanções económicas não conseguem afastar os autocratas. Mesmo os movimentos populares de oposição, da Venezuela a Hong Kong e Moscovo, não têm qualquer hipótese. Os membros da Autocracia, Inc. não estão ligados por uma ideologia unificadora, mas sim por um desejo comum de poder, riqueza e impunidade.
Neste tratado urgente, que evoca o ensaio de George Kennan apelando à «contenção» da União Soviética, Anne Applebaum lança um apelo para que as democracias reorientem fundamentalmente as suas políticas para combater este novo tipo de ameaça.
Mas, no século xxi, a realidade já não é essa. Hoje em dia, as autocracias não são sustentadas por um ditador, mas por redes sofisticadas compostas por estruturas financeiras cleptocráticas, tecnologias de vigilância e propagandistas profissionais, que operam em vários regimes, desde a China à Rússia ou ao Irão. As empresas corruptas de um país fazem negócios com as empresas corruptas de outro. A polícia de um país pode treinar a polícia de outro e fornecer-lhe armamento. Os propagandistas partilham recursos e temas, transmitindo as mesmas mensagens sobre a fraqueza da democracia e os males da América.
A condenação internacional e as sanções económicas não conseguem afastar os autocratas. Mesmo os movimentos populares de oposição, da Venezuela a Hong Kong e Moscovo, não têm qualquer hipótese. Os membros da Autocracia, Inc. não estão ligados por uma ideologia unificadora, mas sim por um desejo comum de poder, riqueza e impunidade.
Neste tratado urgente, que evoca o ensaio de George Kennan apelando à «contenção» da União Soviética, Anne Applebaum lança um apelo para que as democracias reorientem fundamentalmente as suas políticas para combater este novo tipo de ameaça.