Ali Duaji
Biografia
Ali Duaji (1909-1949) é um dos grandes renovadores da literatura árabe moderna, foi um romancista, novelista, dramaturgo e poeta tunisino. Nasceu em Tunes e morreu na mesma cidade, vítima de tuberculose. A sua família, de origem turca, pertencia à pequena burguesia de Tunes. Frequentou a escola, onde aprendeu árabe e francês, mas nunca foi além do ensino primário. Aos doze anos começou a trabalhar num armazém de têxteis. Pouco tempo depois, começa a enviar textos para revistas e jornais. É conhecido pelas suas sátiras, é uma das figuras emblemáticas dos intelectuais do grupo Ta¿t as-Sur, assim designados por frequentarem o café com o mesmo nome no bairro Beb Suica (Bab as-Suwayqa¿). Em 1936 funda o jornal as-Surur, afamado pelos seus artigos e caricaturas satíricas. Compôs poemas em árabe coloquial tunisino. As suas criações literárias foram publicadas em diversos jornais e revistas entre os anos 1930 e 1950, numa escrita caracterizada por um realismo frequentemente caricatural, que põe em causa os costumes da sociedade tunisina da época. Depois da sua morte, cai no esquecimento e é recuperado a partir dos anos 70, sendo hoje em dia considerado o pai da novela tunisina e um dos renovadores da literatura árabe.
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Périplo pelos Bares do Mediterrâneo e Outras Histórias
A mais importante novela (1935) de um dos grandes renovadores da moderna literatura árabe que antecipam, de certa forma, Kerouac ou Bukowski numa realidade completamente diferente.
Inspirada numa viagem empreendida pelo grande escritor tunisino no ano de 1933, a novela que dá título a este volume relata a jornada do autor e dos seus companheiros por vários portos do Mediterrâneo. O percurso, feito maioritariamente de barco, mas também de camioneta em curtas excursões por terra, começa na travessia entre Tunes e a Córsega, e, segundo as palavras do autor, leva-o a deparar-se com «um tremendo sinal de interrogação que começa em França, passa por Itália, Grécia, Turquia e Levante, e cujo ponto é a cidade de Alexandria, a última e a mais importante desta nossa viagem».
No entanto, o livro termina a narrativa deste périplo na cidade de Esmirna, na Turquia, não sendo claro por que razão o autor não quis avançar mais. Muito possivelmente, de acordo com o seu temperamento indisciplinado e refractário, simplesmente não lhe apeteceu escrever mais e fechou o relato.
Esta tradução foi feita a partir do original árabe e a ela se acrescentam mais alguns contos do autor (com personagens portugueses, inclusive).
Inspirada numa viagem empreendida pelo grande escritor tunisino no ano de 1933, a novela que dá título a este volume relata a jornada do autor e dos seus companheiros por vários portos do Mediterrâneo. O percurso, feito maioritariamente de barco, mas também de camioneta em curtas excursões por terra, começa na travessia entre Tunes e a Córsega, e, segundo as palavras do autor, leva-o a deparar-se com «um tremendo sinal de interrogação que começa em França, passa por Itália, Grécia, Turquia e Levante, e cujo ponto é a cidade de Alexandria, a última e a mais importante desta nossa viagem».
No entanto, o livro termina a narrativa deste périplo na cidade de Esmirna, na Turquia, não sendo claro por que razão o autor não quis avançar mais. Muito possivelmente, de acordo com o seu temperamento indisciplinado e refractário, simplesmente não lhe apeteceu escrever mais e fechou o relato.
Esta tradução foi feita a partir do original árabe e a ela se acrescentam mais alguns contos do autor (com personagens portugueses, inclusive).
bibliografia
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