Alexandre Sarrazola
Biografia
Alexandre Sarrazola é licenciado em Arqueologia e pós-graduado em Direito do Património.
Com formação posterior em Argumento Cinematográfico e Teatro, foi também locutor de rádio.
Trabalha desde 1996 na área do Património Cultural e é colunista da patrimonio.pt desde 2018.
É autor dos livros de poesia Thaumatrope (Averno, 2007), View-Master (Língua Morta, 2013), Fade Out (Imprensa Nacional–Casa da Moeda, 2016; menção honrosa do Prémio Vasco Graça Moura), Afluentes de Adobe (com Diniz Conefrey e Maria João Worm, Quarto de Jade, 2018) e MACH (Mazu Press, 2020).
Como ficcionista publicou Neófitos (Averno, 2014), Um Quarto na Pensão Beziehungswahn (Homem do Saco, 2014), Kinderszenen (Companhia das Ilhas, 2015 - recomendação plano nacional de leitura), Tales For a Mermaid Queen (Hierro Lopes Ed.), Smalloch (Companhia das Ilhas, 2018), Triq Gatto Murina (Companhia das Ilhas, 2018) e Dilmun (Mazu Press, 2019). Colaborou com a RDP-Antena 2 em teatro radiofónico com a companhia Entrées de Jeux–Usina e com o Teatro Nacional de São João. Publicou as peças Domingo (moscaMorta, 2012) e Retratinho de Guerra Junqueiro (moscaMorta, 2013) e adaptou para o palco O Som e a Fúria de William Faulkner (teatromosca, 2015-2019).
É artista plástico, tendo exibido as exposições individuais Barely Legal Portraits (Lx Factory– LerDevagar, 2020), Childhood is a Notion of Geography (Mundo Património/patrimonio.pt, 2020) e SCAPELANDS (com Guida Casella, Lx Factory–LerDevagar, 2021).
Em 2022 Overdrive [poesia 07.21] (Imprensa Nacional–Casa da Moeda, 2022) reúne num volume o quinteto Thaumatrope, View-Master, Fade Out, MACH e Mustang, sendo este último livro inédito.
Com formação posterior em Argumento Cinematográfico e Teatro, foi também locutor de rádio.
Trabalha desde 1996 na área do Património Cultural e é colunista da patrimonio.pt desde 2018.
É autor dos livros de poesia Thaumatrope (Averno, 2007), View-Master (Língua Morta, 2013), Fade Out (Imprensa Nacional–Casa da Moeda, 2016; menção honrosa do Prémio Vasco Graça Moura), Afluentes de Adobe (com Diniz Conefrey e Maria João Worm, Quarto de Jade, 2018) e MACH (Mazu Press, 2020).
Como ficcionista publicou Neófitos (Averno, 2014), Um Quarto na Pensão Beziehungswahn (Homem do Saco, 2014), Kinderszenen (Companhia das Ilhas, 2015 - recomendação plano nacional de leitura), Tales For a Mermaid Queen (Hierro Lopes Ed.), Smalloch (Companhia das Ilhas, 2018), Triq Gatto Murina (Companhia das Ilhas, 2018) e Dilmun (Mazu Press, 2019). Colaborou com a RDP-Antena 2 em teatro radiofónico com a companhia Entrées de Jeux–Usina e com o Teatro Nacional de São João. Publicou as peças Domingo (moscaMorta, 2012) e Retratinho de Guerra Junqueiro (moscaMorta, 2013) e adaptou para o palco O Som e a Fúria de William Faulkner (teatromosca, 2015-2019).
É artista plástico, tendo exibido as exposições individuais Barely Legal Portraits (Lx Factory– LerDevagar, 2020), Childhood is a Notion of Geography (Mundo Património/patrimonio.pt, 2020) e SCAPELANDS (com Guida Casella, Lx Factory–LerDevagar, 2021).
Em 2022 Overdrive [poesia 07.21] (Imprensa Nacional–Casa da Moeda, 2022) reúne num volume o quinteto Thaumatrope, View-Master, Fade Out, MACH e Mustang, sendo este último livro inédito.
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Triq Gatto Murina
«Aquilo que o agressor conhece da defesa antes de um ataque nocturno raramente ou em caso algum é suficiente para suprir a falta de observação directa. Acresce que o defensor tem do seu lado outra pequena vantagem: está em casa. E tal como o habitante de um quarto, vai encontrar o seu caminho no meio da escuridão com mais facilidade do que o adversário. Sabe muito bem onde encontrar cada parte da sua força e assim poderá fazer uso da mesma mais prontamente do que o fará o seu adversário».
São estas as palavras da lição de Clausewitz em Vom Kriege (Da Guerra). Todavia, que margem de manobra resta ao defensor quando os adversários habitam dentro da sua própria casa? A resposta possível é-nos dada por um nebuloso enredo em que os seus protagonistas, pacatos oficiais de alta patente de uma inofensiva fundação com fins culturais, tentam a todo o custo manter incólume a sua carteira de aquiridores de armamento pesado em países do Terceiro Mundo.
Quando uma inesperada falha na secreta cadeia de ligações internacionais ameaça um equilíbrio de interesses que não pode ser beliscado, um coronel na reserva é incumbido de tapar as brechas que outros puseram a descoberto. Mas como poderiam os seus mandantes saber que este atormentado homem seguia já há muito perdido uma derradeira tentativa de encontrar o seu caminho no meio da escuridão?
Eis o mapa dos epónimos da perdição quando ao redor de um enganador estado de serenidade todos os atalhos se parecem precipitar rumo aos portões de um inferno terreno. De permeio, lémures albinos serpentes testamentárias e nocturnos animais assombram a cada etapa os passos de uma desesperada demanda pela salvação.
Eis a cartografia ilustrada das cândidas estâncias de veraneio do inferno.
São estas as palavras da lição de Clausewitz em Vom Kriege (Da Guerra). Todavia, que margem de manobra resta ao defensor quando os adversários habitam dentro da sua própria casa? A resposta possível é-nos dada por um nebuloso enredo em que os seus protagonistas, pacatos oficiais de alta patente de uma inofensiva fundação com fins culturais, tentam a todo o custo manter incólume a sua carteira de aquiridores de armamento pesado em países do Terceiro Mundo.
Quando uma inesperada falha na secreta cadeia de ligações internacionais ameaça um equilíbrio de interesses que não pode ser beliscado, um coronel na reserva é incumbido de tapar as brechas que outros puseram a descoberto. Mas como poderiam os seus mandantes saber que este atormentado homem seguia já há muito perdido uma derradeira tentativa de encontrar o seu caminho no meio da escuridão?
Eis o mapa dos epónimos da perdição quando ao redor de um enganador estado de serenidade todos os atalhos se parecem precipitar rumo aos portões de um inferno terreno. De permeio, lémures albinos serpentes testamentárias e nocturnos animais assombram a cada etapa os passos de uma desesperada demanda pela salvação.
Eis a cartografia ilustrada das cândidas estâncias de veraneio do inferno.