Você Está Aqui
de João Luís Barreto Guimarães
Sobre o livro
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura.
Depois de Poesia Reunida, publicado em novembro de 2011, a Quetzal apresenta Você está aqui, o oitavo livro de poemas originais de João Luís Barreto Guimarães.
Dividido em duas partes - Partidas e Chegadas, sendo a primeira um conjunto de poemas fruto das impressões de uma série de viagens; e a segunda, o regresso à exploração/ observação do quotidiano e dos lugares familiares -, Você está aqui é também o balanço poético e pessoal do homem e do poeta, aos 40 anos, a procura e reafirmação do seu lugar, e do da sua poesia, no mundo.
Pedro Eiras, Colóquio/Letras
«Uma sensibilidade quase epidérmica das ocorrências da vida.»
Fernando Guimarães, Jornal de Letras
«O nome de JLBG é absolutamente central no quadro da evolução da linguagem poética portuguesa.»
António Carlos Cortez, Jornal de Letras
«... a verdade é que ele só sabe escrever ‘de dentro da vida’ e faz sempre da vida (e da escrita) uma celebração.»
José Mário Silva, Expresso
«A primeira coisa que me parece de assinalar é o espírito de jogo e de ironia (...) Depois, a densa memória cultural que parece habitar esta poesia.»
Luís Quintais, Relâmpago
«No fundo, João Luís Barreto Guimarães demarca um território onde afirma a sua voz, o seu grupo (nas dedicatórias dos poemas vão-se encontrando vários poetas), a sua estética. O primeiro passo após a reunião da poesia é um passo, seguro, na direção da consolidação do seu caminho pessoal. Daí que você está aqui é, para além de um livro de poesia, um documento de uma geração, sem revolução, mas com marca distintiva, orgulhosa, mas quiçá assombrada com o lugar onde caiu: "(…) É terrível quando cai a cor do vinho tinto / no branco puro / da toalha.»
Luís Filipe Cristovão, Revista Literária Sítio
«João Luís Barreto Guimarães é um poeta viajado, erudito, não se coibindo de o mostrar naquilo que escreve; porém a fundamental ironia que anima toda a sua poesia passa precisamente por miscigenar essa erudição com os mais banais pormenores da nossa existência, aqui e ali salpicada também com a sua experiência como médico, cirurgião plástico […]
Você está aqui é o reencontro com a luz, a luz da viagem, da partida e da chegada e, sempre, a contínua observação do que nos rodeia, imersa numa finíssima ironia, o nosso eterno retorno ao “carrossel dos dias” enquanto aguardamos que seja a nossa mala.»
Alexandra Malheiro, Revista Literária Sítio
«Ao longo dos anos, João Luís Barreto Guimarães tem vindo a afirmar-se como um dos mais consistentes poetas portugueses e o seu imaginário é uma referência incontornável para quem busca referências da nossa história e cultura. Ao mesmo tempo, há, nas suas palavras uma utilização discreta mas acutilante da ironia, o que torna a sua poesia ainda mais activa. […] Viagens por lugares, cais de olhares que ecoam a memória dos povos, este livro é um encontro com o encantamento das palavras.»
Fernando Sobral, Jornal Económico
Com a sutileza que lhe é peculiar, o autor continua a abordar e a convidar os leitores a entrarem em contato com afetos nem sempre facilmente percebidos aqui, ali e acolá. O convite leva à possibilidade da reflexão do lugar que cada afeto nos apresenta, representa, represa e nos inunda para encontrarmos em nossos locais e instantes, possibilidades tão diversas das verdades que ora acolhiam mais amiúde a destemida juventude do nosso espírito.
Barreto Guimarães começou por atrair a atenção dos leitores de poesia pela capacidade de subverter composições poéticas clássicas, nomeadamente o soneto, com súbitas explosões formais no interior de formatos fixos e uma especial atenção às minudências do quotidiano. O título desta colectânea envia-nos directamente para contextos iconográficos muito específicos, nomeadamente as plantas espalhadas pelas cidades, museus e lugares que localizam os indivíduos no espaço. No entanto, o advérbio do título pode também indicar, além de um lugar, uma ocasião ou um contexto. O título é feliz, na medida em que todos os os poemas deste livro dependem de um contexto específico que os suporta, extravasando uns esse contexto, ficando outros cativos de uma vivência concreta.